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Política

Aliado de Temer, Rodrigo Maia é eleito presidente da Câmara dos Deputados

14 jul 2016 - 02h19
(atualizado às 07h31)
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Um aliado do presidente em exercício Michel Temer, o deputado Rodrigo Maia, foi eleito nesta quinta-feira novo presidente da Câmara de Deputados, considerada uma vitória importante para o atual governo.

Maia, do DEM, ganhou a segunda votação por 285 votos a 170 para Rogério Rosso, do PSD, que era ligado ao polêmico e influente Eduardo Cunha, ex-presidente da câmera e que acionou o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Rodrigo Maia recebeu o apoio declarado por parte de partidos de centro-direita e também de esquerda, que queriam evitar o triunfo de Rosso, aliado de Cunha.

O mandato de Maia vai durar apenas até fevereiro do próximo ano, data quando vencia o período de Cunha no comando da Casa. O deputado, acusado de participação no caso de corrupção na Petrobras, deixou a presidência da Câmara na semana passada.

Em seu discurso, Rodrigo Maia afirmou que seu trabalho será o de "pacificar" a Câmara dos Deputados, já que desde a reeleição de Dilma Rousseff viveu uma escalada de tensão e, sem citar Cunha, prometeu acabar com os "interesses" particulares que guiaram o Legislativo nos últimos tempos.

"Convoco a todos para que amanhã possamos virar a página que nos envergonha tanto a todos, de interesses de um dois ou três parlamentares", disse Maia.

Tanto Maia como Rosso tiveram a aprovação do governo Temer, entre os 13 candidatos que disputaram a primeira votação.

De fato, Temer garantiu que o governo não se interferiu na escolha, embora tenha expressado publicamente seu desagrado em direção ao candidato, Marcelo Castro, que foi postulado por sua próprio partido, o PMDB e que foi o terceiro mais votado.

Castro foi ministro da Saúde no governo de Dilma Rousseff e votou contra do processo de destituição da presidenta afastada.

Para o governo, a eleição de Rodrigo Maia supõe um respaldo, já que a principal função do presidente da Câmara dos Deputados é definir a agenda de temas que são submetidos a votação no plenário, com o que tem poder para acelerar as iniciativas legislativas do Executivo.

O trabalho da câmara está desacelerado desde o mês de maio, quando Eduardo Cunha foi suspenso de suas funções por ordem do Supremo Tribunal Federal.

Neste período, a câmera foi presidida de forma interina do pelo deputado Waldir Maranhão, quem não contava com o apoio da grande maioria de seus colegas.

Pela ausência de um vice-presidente, Rodrigo Maia também será o primeiro na linha de sucessão de Temer, caso o Senado destitua Dilma Rousseff no final do julgamento político que acontece no Senado.

EFE   
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