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Tia: Elize foi abusada na infância e se arrepende de crime

1 dez 2016 - 19h52
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Foto: Oslaim Brito / Futura Press

Roseli de Araújo, tia de Elize Matsunaga, relatou ao juiz Adilson Paukoski que a sobrinha sofreu abuso sexual na infância por parte do padrasto e que por isso chegou a fugir de casa, quando tinha cerca de 15 anos. Ela é a única familiar a visitar Elize na prisão e disse ao magistrado que ela se arrepende do crime que cometeu.

Elize está sendo julgada em São Paulo, acusada de homicídio doloso triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recursos que dificultaram a defesa da vítima,  contra o ex-marido Marcos Matsunaga, 42 anos, em maio de 2012. Ele foi baleado na cabeça e posteriormente teve o corpo esquartejado.

Roseli lembrou da vida financeiramente difícil da família no interior do Paraná e do relacionamento difícil de Elize com a mãe. Quando ela era criança, os pais se separaram e posteriormente a mãe iniciou um novo relacionamento. O pai biológico deixou a residência.

A tia relatou que logo depois do abuso sexual sofrido, Elize chegou a fugir de casa. Porém, a família só soube do motivo mais tarde. Elize foi encontrada pelo Conselho Tutelar da cidade de Gravataí, no Rio Grande do Sul.

Foto: Oslaim Brito / Futura Press

Quando Elize retornou para casa, pediu para morar com a tia. Ao completar 18 anos, Elize foi para Curitiba, onde fez um curso de enfermagem bancado pela tia e pela avó. A família soube depois que ela começou a trabalhar como garota de programa nesse período.

A tia recebeu a visita de Elize nos dias que antecederam ao crime, mas afirmou que em nenhum momento ela demonstrou que pudesse cometer um ato desse tipo.

Depois da morte de Marcos e a prisão de Elize, Roseli passou cerca de dois meses em São Paulo cuidando da filha do casal, então com um ano de idade.

Nas visitas ao presídio de Tremembé, onde Elize está presa desde 2012, ela conta que a sobrinha se arrepende do que aconteceu e muitas vezes chora. A tia lamentou o fato de a família Matsunaga não permitir que a família paterna visite a criança. Desde que está presa, a acusada nunca mais viu a filha.

Foto: Oslaim Brito / Futura Press

O crime 

O executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio de 2012. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi baleado e depois esquartejado. 

Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, então com 31 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho de 2012.

Fonte: Especial para Terra
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