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Polícia

Suspeito de acender rojão que matou Santiago trabalha em hospital do RJ

Disque-Denúncia lançou cartaz com a foto de Caio Silva de Souza, que não aparece no trabalho desde o dia do protesto em que cinegrafista foi ferido

11 fev 2014 - 18h39
(atualizado às 20h59)
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Disque-Denúncia lançou nesta terça-feira um cartaz com a foto do suspeito
Disque-Denúncia lançou nesta terça-feira um cartaz com a foto do suspeito
Foto: Divulgação

A direção do Hospital Estadual Rocha Faria confirmou que o suspeito de ter provocado a morte do cinegrafista Santiago Andrade é funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviço à unidade. Caio Silva de Souza, 23 anos, é auxiliar de serviços gerais, informou a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. O hospital fica no bairro Campo Grande, na zona oeste da cidade.

Segundo a pasta, Caio é funcionário da empresa Hope Serviços, que presta serviço ao hospital público, em regime de plantão 12hx36h, com expediente das 7h às 19h. Na quinta-feira, dia do protesto em que Santiago foi ferido, Caio estava de folga. No dia seguinte, quando deveria retornar ao trabalho, há registro de falta. Não há assinatura no ponto desde então.

Santiago Andrade fazia a cobertura do protesto na Central do Brasil contra o aumento da passagem de ônibus quando foi ferido pelo rojão na cabeça. Levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, foi submetido a uma neurocirurgia na noite de quinta-feira, mas acabou morrendo na segunda-feira.

Caio de Souza é considerado foragido pela polícia. Ele mora em Nilópolis, município da Baixada Fluminense.

Polícia Civil divulgou foto atualizada de  Caio Silva de Souza
Polícia Civil divulgou foto atualizada de Caio Silva de Souza
Foto: Polícia Civil / Divulgação

O Disque-Denúncia lançou nesta terça-feira um cartaz com a foto do suspeito. Agentes da 17ª DP (São Cristóvão) fazem buscas em vários pontos do Estado para cumprir o mandado de prisão temporária contra o rapaz. Segundo informações, ele é morador da Baixada Fluminense e tem duas passagens pela polícia.

Quem tiver informações que possa contribuir com a investigação policial pode ligar para o Disque-Denúncia no telefone (21) 2253-1177 ou enviar imagens e vídeos, pelo Whatsapp do Portal dos Procurados: (21) 96802-1650. 

Atingido em protesto, cinegrafista tem morte cerebral

Santiago foi atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Centro do Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro. Além dele, outras seis pessoas ficaram feridas na mesma manifestação.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o cinegrafista chegou em coma ao hospital municipal Souza Aguiar. Ele sofreu afundamento do crânio, perdeu parte da orelha esquerda e passou por cirurgia no setor de neurologia. A morte encefálica foi informada pela secretaria no início da tarde de 10 de fevereiro, após ser diagnosticada pela equipe de neurocirurgia do hospital onde ele estava internado no Centro de Terapia Intensiva.

O tatuador Fábio Raposo confessou à polícia ter participado da explosão do rojão que atingiu Santiago. Ele foi preso na manhã de domingo em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão) e responsável pelas investigações, disse que Fábio já foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado e crime de explosão e que a pena pode chegar a 35 anos de reclusão.

Para delegado que investiga morte de cinegrafista, houve intenção de matar:

Raposo ajudou a polícia a reconhecer um segundo responsável pelo disparo do artefato que causou a morte do cinegrafista. O tatuador, preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro, afirmou, de acordo com o relato do delegado, que “eles se encontravam em manifestações" e que "esse rapaz tem perfil violento”.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, na manhã do dia 11, uma foto do suspeito de ter acendido o rojão que atingiu Santiago Andrade. Caio Silva de Souza, 23 anos, é considerado foragido e tem duas passagens pela polícia. Fábio Raposo, que passou o rojão, reconheceu o autor do disparo a partir da imagem leava pelo delegado. Ele está sendo procurado por homicídio doloso qualificado – quando há intenção de matar – por uso de artefato explosivo e pelo crime de explosão.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Terra
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