Quadrilha é suspeita de desviar R$ 1,7 bilhão na venda de café no ES
Uma operação do Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) e da Secretaria de Estado da Fazenda tenta prender nesta terça-feira uma quadrilha suspeita de ter desviado pelo menos R$ 1,7 milhão dos cofres públicos do Estado. A Operação Robusta II combate um grupo que atuava na venda de café nos Estados de Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Apenas no ES, 27 empresas são suspeitas de envolvimento no esquema. A ação desta terça-feira é a segunda parte da Operação Robusta, que havia sido realizada em abril deste ano, na época para colher provas sobre a quadrilha.
Segundo as investigações, várias empresas do setor de café situadas no ES recebiam créditos fictícios de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de outros Estados, principalmente do RJ e de MG, ao simularem operações de entrada de sacas de café oriundas de empresas de fachada. A Polícia Militar, que auxilia na operação, cumpre nove mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão.
Segundo o MP-ES, há fortes indícios de que essas empresas de fachada contavam com a participação de servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro. Esses funcionários seriam recompensados com o pagamento mensal de propina, contando com o apoio de corretores de café e contadores. Estes visitavam escritórios administrativos das empresas capixabas, apresentando a fraude aos sócios e administradores, que aderiam ao esquema, pagando mensalmente pelas notas fiscais frias e por uma série de documentos adulterados.
Os MP estaduais do RJ, MG e BA, além do MP do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e do Ministério Público Federal (MPF), não haviam divulgado informações sobre a Operação Robusta II até o começo da tarde desta terça-feira.
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