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Polícia

Polícia fecha distribuidora de autopeças falsificadas no Rio

7 ago 2009 - 03h03
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Agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Propriedade Imaterial (DRCPim) conseguiram estourar, no fim da manhã dessa quinta-feira, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, uma distribuidora que revendia auto-peças falsificadas para todo o Sudeste e para o centro-oeste. Cerca de 600 rolamentos para carros, caminhões e ônibus foram apreendidos. As investigações indicam que eles eram comprados na China e na Ucrânia e, já no Brasil, acabavam sofrendo alterações para serem reembalados com marcas mais sofisticadas e comercializadas em centenas de lojas.

A partir de denúncias feitas por consumidores que sentiram-se lesados pela má qualidade do produto comprado, a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) levou o caso à delegacia de combate à pirataria, que chegou a um desses distribuidores, a Ávila Diesel, na Rua Silva Fernandes, galpão número 660.

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"As peças que eles utilizam nesta empresa são oriundas de fora. Mas quando chegam aqui é que a falsificação acontece. Há um sofisticado sistema de adulteração de marcas, raspando a origem e gravando o nome de marcas mais conceituadas daqui, só que sem a qualidade dessas peças originais", explica o delegado Raul Morgado.

O responsável pela empresa foi detido, prestou depoimento mas deverá ser indiciado por estelionato e crime contra o consumidor. A DRCPim tenta descobrir agora que lojas recebem esses rolamentos distribuídos pela Ávila e tentará descobrir se eles sabem que trata-se de um produto falso. "Quando a pessoa compra um DVD pirata, ela sabe que é pirata, Mas quando esse consumidor compra um rolamento como este, não sabe que é falsificado e de pior qualidade", explica o diretor da ABCF, Rodolpho Ramazzini.

Ele acredita, no entanto, que as lojas que compram essas peças falsas conhecem bem o produto que colocarão à venda: "Ele oferece um rolamento original para Gol, Parati ou Golfe, por exemplo, a R$ 120. Mas diz que tem um quase idêntico que custa R$ 60. Claro que o consumidor acaba levando", completou, frisando que o ramo de auto-peças é o que mais perde no País com a falsificação, algo em torno de R$ 3 bilhões. anuais.

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