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Irmão se emociona ao lembrar encontro com corpo de Matsunaga

29 nov 2016 - 21h02
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Elize Matsunaga (à esquerda)
Elize Matsunaga (à esquerda)
Foto: Paulo Lopes / Futura Press

Mauro Kitano Matsunaga, irmão de Marcos Kitano Matsunaga, assassinado e esquartejado em 2012, se emocionou ao recordar os momentos em que teve de fazer o reconhecimento da vítima, durante depoimento no julgamento de Elize Matsunaga, que era mulher da vítima e está sendo julgada pelo crime desde a manhã de segunda-feira. 

O irmão traçou o perfil de Marcos, a quem disse ser muito apegado, já que os dois tinham pouca diferença de idade. Ambos trabalhavam em uma empresa familiar, que estava sendo vendida à época do crime.

Mauro disse jamais ter ouvido falar sobre qualquer intenção de que Elize pudesse matar o irmão. Ele disse ao juiz Adilson Paukoski Simoni que a relação do casal era aparentemente normal e que o irmão nunca demonstrou ser violento, ao menos publicamente.

Segundo o depoimento, nem o irmão, nem a família sabiam que Marcos havia conhecido Elize em um site de prostituição e que só ficaram sabendo que a vítima traía Elize depois do crime.

Logo após o "desaparecimento" do marido, Elize chegou a mandar um e-mail para Mauro e para a secretária de Marcos, fazendo se passar pela vítima. Ele dizia que tinha saído de casa, mas estava bem.

Delegado

Depois de mais de cinco horas de depoimento, o delegado Mauro Gomes Dias, responsável pelo inquérito que levou à prisão de Elize, em junho de 2012, reafirmou não ter dúvidas de que ela matou seu marido, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, e em seguida esquartejou o corpo. Ele disse ainda que ela trocou a arma utilizada no crime para tentar despistar uma eventual perícia. Apesar de Elize ter confessado o crime, a defesa dela tentou desqualificar a investigação, que teria ficado basicamente restrita à confissão.

Em diversos momentos, a advogada Roselle Soglio questionou o trabalho de Dias e o conhecimento dele sobre as provas do crime. Também lembrou das brigas constantes do casal e insistiu no fato que a ré era traída conjugalmente. 

A objetivo é diminuir a pena de Elize em caso de condenação. Ela é acusada de homicídio doloso triplamente quafificado, por motivo torpe, meio cruel e recursos que dificultaram a defesa da vítima. 

O crime 

O executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio de 2012. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. 

Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, então com 31 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho de 2012. 

Fonte: Especial para Terra
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