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Polícia

Elize era manipuladora e tentou enganar família, diz parente

30 nov 2016 - 15h00
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Elize Matsunaga foi presa em 2012 após matar e esquartejar o marido
Elize Matsunaga foi presa em 2012 após matar e esquartejar o marido
Foto: Reprodução

A prima do empresário Marcos Matsunaga, Cecília Nishioka, afirmou durante depoimento no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, que Elize Matsunaga tentou manipular a família do ex-marido nos dias que sucederam o assassinato dele. 

Elize está sendo julgada, acusada de homicídio doloso triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recursos que dificultaram a defesa da vítima. Marcos morreu com um tiro na cabeça e posteriormente teve o corpo esquartejado.

De acordo com Cecília, ela chegou a enviar um e-mail para o irmão de Marcos e para a secretária do empresário, usando a conta do ex-marido. Nessa ocasião, Marcos era dado como desaparecido pela polícia.

"A Elize se passou pelo Marcos e disse que estava tudo bem com ele. E que ficaria uns dias fora de casa, sem dar mais detalhes. Nunca imaginei que ela pudesse fazer uma coisa dessas. Eu até fiquei um pouco tranquila, porque pelo menos a gente soube que ele estava vivo", disse ela. Na ocasião, ele já havia sido morto.

A fala de Cecília não foi acompanhada por Elize, que deixou o plenário antes do início do depoimento. Ela disse que até hoje não sabe como Elize pode ter cometido um crime como esses e que "não queria olhar para a cara dela", justificando o pedido para a sua saída.

Ao juiz, a testemunha disse que era próxima do casal, com quem costumava jantar com alguma frequência e fazer algumas viagens. Ela foi madrinha do casamento dos dois e também da filha do casal, que à época do crime tinha apenas 1 ano.

Cecília disse que ficou sabendo por Elize que o corpo do empresário tinha sido localizado, por meio de uma mensagem telefônica. No mesmo dia as duas se encontraram e foram para a casa de uma tia de Marcos.

Segundo o relato, Elize se mostrou triste, porém sem grandes alterações de comportamento. "Ela enganou toda a família".

Investigador

No início da manhã o investigador Fábio Luís Ribeiro também descreveu a frieza de Elize, que, segundo ele, o tempo todo tentou negar envolvimento com o crime. Ela só teria mudado a versão quando apareceram as primeiras provas, principalmente as imagens do elevador do prédio mostrando ela saindo com três malas e retornando posteriormente sem elas.

O crime 

O executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio de 2012. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. 

Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, então com 31 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho de 2012. 

Fonte: Especial para Terra
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