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Caso Yoki: Elize chora, e defesa nega crime premeditado

28 nov 2016 - 20h42
(atualizado às 20h43)
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Foto: Paulo Lopes / Futura Press

O primeiro dia do julgamento de Elize Matsunaga, acusada pela morte do marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, em maio de 2012, foi marcado pelo choro da ré, que durante os três depoimentos de testemunhas ocorridos até agora, chorou por pelo menos cinco vezes.

O momento de maior emoção foi quando uma jurada perguntou ao detetive particular Willian Coelho de Oliveira se ele se sentia culpado pelo crime. Elize contratou o investigador para seguir o marido. E ele constatou que Marcos estava saindo com outra mulher.

Nesse momento, Elize, que acompanhou o julgamento ao lado de seus advogados chorou bastante. Duas testemunhas ouvidas na tarde desta segunda-feira durante o júri de Elize Matunaga afirmaram que as brigas entre o casal eram constantes e que o marido Marcos Matsunaga estava traindo a vítima na semana em que foi morto.

De acordo com Luiz Flávio Borges D'Urso há elementos na investigação que mostram que o crime foi premeditado. "Quando ela contratou o detetive, foi viajar para deixar Marcos sozinho e poder ser investigado. Ela já sabia que estava sendo traída", disse.

O promotor José Carlos Cozenzo acredita que Elize estava com um ódio incontido do marido, porque ele iria abandoná-la. "Estamos julgando uma conduta e não a pessoa. Quem esquarteja o marido não pode ter sensibilidade para derramar uma lágrima".

A advogada de defesa Roselle Soglio nega que o crime tenha sido premeditado e disse que havia uma rotina de brigas dentro da casa. "Ela matou o Marcos em um momento de intensa discussão, no desenrolar de um fato que ela não esperava. Ela passava por um momento de abuso emocional", disse.

O julgamento de Elize prossegue nesta terça-feira a partir das 9h no Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Entre as testemunhas a serem ouvidas estão o delegado Mauro Gomes Dias, responsável pelo indiciamento de Elize Matsunaga e o irmão da vítima, Mauro Kitano Matsunaga.

O crime 

O executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio de 2012. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. 

Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Matsunaga, então com 38 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho de 2012. Eles eram casados há três anos e tinham uma filha de 1 ano. O empresário era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior. 

Fonte: Especial para Terra
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