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Caso Bruno

MG: depoimento do delegado Moreira recomeça no julgamento de Bola

25 abr 2013 - 10h13
(atualizado às 11h47)
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<p>Delegado Edson Moreira deu sequência ao seu depoimento nesta quinta-feira</p>
Delegado Edson Moreira deu sequência ao seu depoimento nesta quinta-feira
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação

O quarto dia de julgamento do ex-policial civil, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, começou por volta das 9h20 desta quinta-feira no Fórum de Contagem (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte. O réu é acusado de matar, esquartejar e sumir com o corpo de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, condenado a 22 anos e três meses de prisão no dia 8 de março.  

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Os trabalhos recomeçaram com a sequência do depoimento do ex-delegado Edson Moreira, que chefiou as investigações do início do caso. Ontem, Moreira falou por cinco horas seguidas e explicou vários pontos da investigação. O depoimento foi interrompido por conta de um pedido do advogado de Bola, Ércio Quaresma, que alegou cansaço.

Em conversa na porta do Fórum nesta quinta-feira, outro advogado de defesa, Américo Leal, disse que a contestação em cima das investigações em torno do caso Eliza Samudio só está começando. Ele garantiu ainda que muitas surpresas ainda acontecerão.

“Está tudo no começo ainda. Vamos mostrar muita coisa que ninguém sabe. A fase de desconstrução só está começando. Vocês ainda terão muitas novidades para acompanhar”, afirmou. 

Após o depoimento de Edson Moreira, algumas peças do processo serão exibidas, algo que, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não tem tempo para terminar. Depois dessa etapa deverá começar o interrogatório de Marcos Aparecido dos Santos. A previsão é que o julgamento seja encerrado amanhã. 

O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. 

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado. 

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses terão de ser cumpridos em regime fechado. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013.

Fonte: Especial para Terra
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