SP: camelôs confrontam polícia no Brás; ao menos um é preso
26 out2011 - 03h22
(atualizado às 11h28)
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Um grupo de cerca de 350 camelôs voltou a fazer uma manifestação nesta quarta-feira perto da entrada principal da Feira da Madrugada no Brás, região central de São Paulo. O ato começou pacificamente, no início da madrugada, mas no início da manhã o grupo chegou a fechar os dois sentidos da avenida do Estado, e alguns integrantes depredavam lojas que permanecessem abertas. A polícia agiu para dispersar o grupo e ao menos um homem foi preso.
Pouco após as 7h, o movimento ficou mais violento. Os manifestantes jogaram tijolos, pedras e caixas de madeira nas vias para interromper o fluxo de veículos. Em uma rua lateral, chegaram a arrastar um carro para o meio da via e teriam tentado atear fogo, sem sucesso. A polícia usou bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a multidão.
Alguns integrantes do protesto hostilizavam os comerciantes que insistiam em manter as lojas abertas. Mesmo aqueles que mantinham as portas à meia altura eram xingados e seus estabelecimentos eram atingidos por chutes, pedras e outros objetos. Algumas lojas chegaram a ter itens saqueados. Os lojistas assistiam ao protesto a partir da rua, com os comércios fechados. Muitos pedestres transitavam rapidamente e com receio pelas vias.
O comando de policiamento parava as manifestações para conversar com a liderança do movimento, mas até após as 10h as partes não haviam chegado a nenhum acordo. O grupo se deslocava principalmente pela rua Oriente, que estava parcialmente bloqueada pela multidão. Um manifestante que atirou a roda de um carrinho de feira na polícia foi preso.
A Tropa de Choque vistoriava os consumidores que entravam na Feira da Madrugada. Pouco após as 9h, o grupo voltou a se dirigir ao galpão onde ocorre a feira. Neste momento, a polícia bloqueou o portão e impediu a entrada e a saída de consumidores, que só foi liberada após a dispersão do grupo.
O motivo do protesto é a proibição pela prefeitura do comércio ilegal nas imediações da Feira da Madrugada, o que levou a polícia a proibir que os ambulantes montassem suas barracas. Na madrugada de ontem também houve protesto que terminou em confronto entre policiais e manifestantes.
Segundo a Polícia Militar, um grupo de cerca de 260 homens e 59 viaturas foi destacado para reforçar o patrulhamento na área desde segunda-feira. Os PMs também tinham apoio da cavalaria e da Tropa de Choque. Uma das principais preocupações era evitar que os manifestantes interrompessem novamente o tráfego na avenida do Estado.
Durante o protesto, os camelôs queimaram um veículo na região do Brás, centro de São Paulo
Foto: Helio Torchi / Futura Press
Camelôs bloqueiam avenida do Estado, na região do Brás, centro de São Paulo
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Policiais observam movimentação dos manifestantes
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Camelôs protestam após serem impedidos de montar suas barracas no entorno da Feira da Madrugada, onde o comércio é irregular
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Comerciante bate boca com manifestantes na região do Brás
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Manifestação foi marcada por tumultos e discussões
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Trânsito na região foi bloqueado devido à manifestação
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Manifestantes pedem o fim da repressão policial aos camelôs
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Policiais vigiam grupo de manifestantes
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Comerciantes fecham as portas com medo de depredações
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Policiais montados fazem a escolta dos manifestantes
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Polícia faz cordão de isolamento em frente a estabelecimentos comerciais
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Manifestante faz o sinal da vitória com as mãos
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Homem com bebê no colo caminha ao lado de manifestantes
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Policiais tentam negociar com manifestantes
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Foto: / Terra
Os camelôs que protestam desde a noite de segunda-feira contra a proibição de montarem suas barracas durante a madrugada na região do Brás, no Centro de São Paulo, bloquearam novamente a Avenida do Estado no início da manhã de hoje
Foto: Mario Angelo / Futura Press
Alguns integrantes do protesto hostilizavam os comerciantes que insistiam em manter as lojas abertas
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Segundo a Polícia Militar, um grupo de cerca de 260 homens e 59 viaturas foi destacado para reforçar o patrulhamento na área desde segunda-feira. Os PMs também tinham apoio da cavalaria e da Tropa de Choque
Foto: Aloísio Maurício / Terra
O motivo do protesto é a proibição pela prefeitura do comércio ilegal nas imediações da Feira da Madrugada, o que levou a polícia a proibir que os ambulantes montassem suas barracas
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Comerciantes que mantinham as portas à meia altura eram xingados e seus estabelecimentos eram atingidos por chutes, pedras e outros objetos. Algumas lojas chegaram a ter itens saqueados
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Um manifestante que atirou a roda de um carrinho de feira na polícia foi preso
Foto: Aloísio Maurício / Terra
O grupo se deslocava principalmente pela rua Oriente, que estava parcialmente bloqueada pela multidão
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Polícia dispersou os manifestantes com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Lojistas que tiveram de fechar as portas por causa da manifestação ficaram sem clientes por toda a manhã e tiveram prejuízo
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Cerca de 400 homens da Polícia Militar, da Força Tática e da Tropa de Choque permaneceriam no local até que o movimento cessasse
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Por medo de saques e depredações, os comerciantes mantinham as lojas fechadas até por volta das 11h
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Equilibrando-se em um palanque improvisado com papelão em cima da garupa de uma bicicleta, o vereador Adílson Amadeu (PTB) prometeu levar o assunto para a prefeitura
Foto: Aloísio Maurício / Terra
'Choro de raiva toda vez que eu ouço o Kassab falando que todo mundo trabalha com mercadoria roubada'
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Com presença da cavalaria e de um efetivo de mais de 400 homens na região, segundo fontes oficiais, a PM controlou a movimentação na região pouco após as 10h
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Policiais chegaram a usar bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para conter a depredação de lojas no início da manhã
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Por causa da confusão, o movimento na Feira diminuiu pela metade, contou uma vendedora
Foto: Aloísio Maurício / Terra
A Tropa de Choque fez uma barreira para impedir os manifestantes de entrar na Feira da Madrugada
Foto: Aloísio Maurício / Terra
"Eu pago água, luz e tenho nota fiscal de todos os tecidos que compro, não tenho produto roubado não", diz a vendedora Marinei Leite Monteiro, 48 anos
Foto: Aloísio Maurício / Terra
"A maioria dessas lojinhas foram camelôs um dia. Eles (camelôs) são pai de família, têm que trabalhar para alimentar os filhos", pondera o vendedor Tiago Henrique, 22 anos
Foto: Aloísio Maurício / Terra
"O mais importante agora é suspender essa operação, que é ilegal, e pedir que vocês fiquem na calçada até o fim desse ano", prometeu o vereador José Américo (PT)
Foto: Aloísio Maurício / Terra
"Vamos encerrar a manifestação", disse o presidente do sindicato dos camelôs independentes de São Paulo, Leandro Dantas, "mas se não houver liberação nós vamos voltar aqui às 4h (da manhã) e montar nossas barracas", ameaçou
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Foto: Terra
Pela terceira madrugada seguida, houve novo protesto de camelôs na região do Brás nesta quinta-feira
Foto: Aloísio Maurício / Terra
No início da manhã, o movimento de camelôs era bem intenso na região
Foto: Aloísio Maurício / Terra
A Tropa de Choque fez um policiamento ostensivo na região desde o início da madrugada para evitar confusões
Foto: Aloísio Maurício / Terra
No começo da manhã, houve mais reforço policial na região do Brás
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Os policiais chegaram a usar bombas de gás de efeito moral
Foto: Aloísio Maurício / Terra
A PM teve que entrar em ação para dispersar grupos de camelôs
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Houve um início de confusão no fim da madrugada
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Por volta das 7h, o presidente do Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo, Leandro Dantas, conversou com a polícia
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Depois das 7h, não houve mais conflitos e a polícia só monitorou o movimento
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Esta foi a terceira madrugada seguida de manifestação dos camelôs
Foto: Aloísio Maurício / Terra
O protesto desta quinta-feira reuniu muito mais gente do que nos outros dois dias
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Os manifestantes caminharam por vias ao redor da Feira da Madrugada acompanhados pela polícia
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Ontem houve uma reunião com a administração municipal, e a prefeitura negou a permissão para eles voltarem às ruas
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Eles criticavam a Operação Delegada, da prefeitura, e as ações da prefeitura
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Segundo eles, a época de fim de ano é quando as vendas ficam melhores
Foto: Aloísio Maurício / Terra
O grupo de comerciantes pedia para voltar às ruas até o fim deste ano
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Esta é a terceira madrugada seguida de manifestação dos camelôs. O motivo é a proibição pela prefeitura do comércio ilegal nas imediações da Feira da Madrugada
Foto: mgambrosio / vc repórter
Foto: Terra
Apesar de um incidente com uma bomba da PM no começo do dia, a manifestação correu pacificamente
Foto: Bruno Santos / Terra
Dia começou com muita negociação entre camelôs e PMs
Foto: Bruno Santos / Terra
A Polícia Militar foi irredutível quanto à possibilidade de bloquear ruas
Foto: Bruno Santos / Terra
Os camelôs dizem que querem suporte da prefeitura para poderem trabalhar
Foto: Bruno Santos / Terra
Polícia ficou de prontidão caso houvesse alguma balbúrdia ou desordem
Foto: Bruno Santos / Terra
Passeata foi acompanhada o tempo todo pela PM
Foto: Bruno Santos / Terra
Manifestantes carregavam apitos e faziam barulho por onde passavam
Foto: Bruno Santos / Terra
A PM contou com o apoio da Tropa de Choque e da cavalaria, que não chegaram a entrar em ação
Foto: Bruno Santos / Terra
Ao contrário dos outros dias, a PM mal precisou agir nesta sexta-feira
Foto: Bruno Santos / Terra
Imediatamente a PM foi conversar com a liderança do protesto e disse não ter autorizado a iniciativa, e não houve mais bombas
Foto: Bruno Santos / Terra
Quando os comerciantes se organizavam para começar o protesto, por volta das 6h20, uma bomba de gás foi lançada contra a multidão
Foto: Bruno Santos / Terra
O protesto aconteceu pelo quarto dia seguido e foi carregado de tensão
Foto: Bruno Santos / Terra
Ao passarem na frente das lojas, camelôs diziam aos lojistas para fecharem
Foto: Bruno Santos / Terra
Os manifestantes se sentaram na esquina da rua Ministro Firmino Whitaker com o largo da Concórdia
Foto: Bruno Santos / Terra
O grupo discutiu com a PM e o rapaz foi liberado
Foto: Bruno Santos / Terra
Por volta das 9h30, um ovo foi jogado na polícia e um manifestante foi detido
Foto: Bruno Santos / Terra
PM e manifestantes se encararam, mas o protesto foi mais pacífico do que os outros três dias
Foto: Bruno Santos / Terra
Pela quarta vez, camelôs voltaram a protestar no Brás, centro de São Paulo, pelo direito de armar suas barracas na rua de madrugada
Foto: Bruno Santos / Terra
Foto: Terra
Na manhã deste sábado, cerca de 600 camelôs protestaram de forma pacífica; na madrugada, quatro foram detidos com morteiros