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Polícia

RS: vereador indiciado por pedofilia acusa prefeito de complô

6 out 2011 - 10h18
(atualizado às 12h45)
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Mauricio Tonetto

O advogado e vereador de Feliz (a 80 km de Porto Alegre) Décio Franzen (PDT) está acusando a administração do prefeito Cesar Assmann (PMDB) de tentar tirá-lo da disputa do próximo pleito municipal. Parlamentar de oposição e cogitado para concorrer ao cargo, ele se envolveu em uma polêmica após a divulgação de um vídeo em que aparece seminu com uma adolescente. A Polícia Civil da cidade indiciou Franzen e uma mulher por pedofilia e mais seis por extorsão. Uma das indiciadas é assessora jurídica da prefeitura. O grupo exigiu, conforme a polícia, a quantia de R$ 500 mil para não propagar o vídeo.

"Foi uma armação por dinheiro. A menina foi apresentada para mim como maior de idade e eu caí numa cilada. Alguns fizeram isso por dinheiro, mas há motivação política, pois uma das pessoas é assessora da prefeitura", disse Franzen. De acordo com o delegado Jorge Antônio Soares, a investigação começou depois de o vereador denunciar que o grupo começou a extorquí-lo, sob ameaça de que o vídeo seria entregue para a imprensa caso ele não desse o dinheiro.

"Os componentes políticos existem, é inegável. Numa cidade pequena como esta, há a questão política, pois já havia a intervenção da polícia no caso, parte do material apreendido e as pessoas identificadas, e mesmo assim o vídeo foi encaminhado à imprensa", ressaltou o delegado. Os oito suspeitos já depuseram e vão responder ao processo em liberdade.

No vídeo, o parlamentar aparece mantendo relações sexuais com uma adolescente de 15 anos. A menina era recebida no escritório de advocacia do político. Franzen sustenta que o caso foi armado e cita uma mensagem recebida, que está inclusa no inquérito policial: "Sabemos da relação com a menina. Você pode ficar livre sem problema ou pagar um preço alto, que não é só R$ 500 mil. As provas estão com a doutora, é só marcar a hora que todos ficarão bem. Pense doutor."

A prefeitura de Feliz disse ao Terra que cabe à polícia e à Justiça resolver o caso. "Isso não interessa para a cidade, para a administração, para a oposição e nem para o vereador. Ele está acusando porque tem que haver um bode expiatório. Quem deve prestar esclarecimentos é ele, e não a administração", afirmou o assessor do prefeito Cesar Assmann.

Fonte: Terra
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