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Polícia

Sanguinetti: condenar casal sem provas suficientes é injusto

25 mar 2010 - 17h33
(atualizado às 17h54)
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Odilon Rios
Direto de Maceió

O médico legista George Sanguinetti, que fez parte da equipe de peritos contratados pelo casal Nardoni e que analisou as causas da morte da menina Isabella Nardoni, contestou o laudo apresentado durante o julgamento que acontece em São Paulo e disse que não há provas técnicas contra Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da garota e réus do crime.

Pena do casal Nardoni pode chegar a 30 anos:

"Se o casal Nardoni for condenado, não será justo. Nunca disse que eles são inocentes, a injustiça é por conta de uma possível condenação, sem provas suficientes", disse o médico. "Não houve esganadura, há uma confusão na perícia."

Ele disse estar escrevendo um livro a respeito do caso e que espera o final do julgamento para publicá-lo. "Será o último capítulo do livro. O grande questionamento do Brasil é por que a menina foi morta", afirmou.

Sanguinetti se tornou conhecido no Brasil inteiro quando, em 1996, negou a tese de crime passional no assassinato do empresário Paulo César Farias, ex-tesoureiro do presidente Fernando Collor. Para ele, PC foi morto por uma terceira pessoa, e não por Suzana Marcolino.

O caso

Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada, jogada do sexto andar do edifício e morreu após socorro médico. O pai e a madrasta foram os únicos indiciados, mas sempre negaram as acusações e alegam que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.

O júri popular do casal começou em 22 de março e deve durar cinco dias. Pelo crime de homicídio, a pena é de no mínimo 12 anos de prisão, mas a sentença pode passar dos 20 anos com as qualificadoras de homicídio por meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e tentativa de encobrir um crime com outro. Por ter cometido o homicídio contra a própria filha, Alexandre Nardoni pode ter pena superior à de Anna Carolina, caso os dois sejam condenados.

Fonte: Redação Terra
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