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Polícia

Veja os principais pontos do depoimento de Nardoni

25 mar 2010 - 16h08
(atualizado às 23h33)
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Um bate-boca e um choro posto em xeque pelo promotor Francisco Cembranelli foram os momentos mais marcantes do depoimento de Alexandre Nardoni, acusado de matar a filha, Isabella, em 29 de março de 2008. Durante a oitiva, realizada no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, o réu também fez acusações contra a Polícia Civil.

Advogado dos Nardoni é xingado de demônio:

Choro
Nardoni chorou durante o interrogatório ao falar da morte da filha e quando encontrou a mãe dele no plenário do Fórum de Santana. Ela se levantou com a outra filha, Christiane, foi até a frente com um terço na mão, bateu no peito e disse "meu filho". Os três choraram. As duas voltaram aos seus lugares e Christiane fez uma oração com a mão levantada ao céu.

"Choro sem lágrimas"
A manifestação de emoção não convenceu o promotor responsável pelo caso Isabella, Francisco Cembranelli. Ele perguntou se havia algum problema com os olhos de Nardoni, que impediam que saíssem lágrimas quando ele chorava. A pergunta foi indeferida pelo juiz Maurício Fossen.

Bate-boca
O advogado Roberto Podval, que defende Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, e o promotor travaram um bate-boca após um pedido da defesa. Podval exigiu que Cembranelli citasse a página do processo em que contava o assunto de cada pergunta feita contra seu cliente. Com isso, o promotor tinha que parar e folhear o processo para citar a localização exata de cada tema abordado. Para acusação, isso funcionaria como uma pausa para Nardoni pensar antes de responder. "Se partir para xingamentos, vou ter que retirar a palavra dos dois", disse o juiz Maurício Fossen, que preside o júri.

Homicídio culposo
Alexandre Nardoni disse que o delegado titular do 9º Distrito Policial de São Paulo, Calixto Calil Filho, propôs, durante a fase do inquérito, que ele assinasse uma declaração de homicídio culposo (sem intenção de matar) pela morte da filha. Segundo Nardoni, isso seria parte de um acordo para que Anna Carolina Jatobá fosse dispensada pela polícia. Ele disse ter se recusado assinar, afirmando que é inocente.

"Não me recordo"
Na maior parte das perguntas, Alexandre Nardoni afirmou apenas que não se recordava dos fatos.

Nardoni confronta promotor

Ao ser indagado quem era o proprietário do apartamento no edifício London e dos carros estacionados na garagem do prédio, Nardoni confrontou o promotor. "Onde o senhor quer chegar com isso? Qual a finalidade desta pergunta?" O juiz Mauricio Fossen disse ao réu que indeferiria qualquer pergunta que julgasse inconveniente.

"Filminho mentiroso"

Alexandre Nardoni chamou de "filminho totalmente mentiroso" a animação feita com base nos laudos do Instituto de Criminalística (IC). O vídeo mostra a versão da polícia sobre o crime: que a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, bateu e estrangulou a vítima, enquanto Nardoni jogou a criança pela janela do prédio onde morava.

Óculos

Após o confronto, Cembranelli encerrou perguntando por que o réu usava óculos. "Tem algum problema? Não enxerga bem?", questionou a acusação. "O senhor não sabe porque o senhor não acompanha minha vida", disse o réu.

Pensão
Cembranelli quis saber quanto Nardoni pagava de pensão para Isabella. O réu disse que pagava R$ 325 e ajudava em despesas diversas. "Dividíamos tudo", disse. O promotor perguntou por que o valor era questionado pela mãe da menina, Ana Carolina Oliveira. Nardoni disse que "ficou surpreso".

Fonte: Redação Terra
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