Jackson Lago deixa o palácio do governo do Maranhão
Eveline Lopes
Direto de São Luís
O governador cassado do Maranhão, Jackson Lago (PDT), deixou, por volta das 11h, o Palácio dos Leões, sede do governo do Estado. Ele fez uma avaliação de seu governo e agradeceu aos movimentos populares pelo apoio. "Vamos continuar a luta na Justiça", afirmou. Depois de anunciada a saída, simpatizantes de Lago queimaram um boneco que representava a família Sarney, em frente à sede do governo.
Lago e seu vice, Luís Carlos Porto (PPS), foram cassados em março por prática de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2006. Os dois foram acusados pela coligação de Roseana Sarney (PMDB), Maranhão: a Força do Povo, de terem sido favorecidos por um suposto esquema que cooptava e corrompia lideranças políticas, articulado pelo ex-governador José Reinaldo (PSB) para eleger o seu sucessor.
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Lago anunciou ainda que chamou o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão para verificar as condições em que ele deixa o Palácio dos Leões. "Convidamos para o presidente do TJ vir até aqui para olhar que vamos fechar o Palácio com todo o seu patrimônio, todos os seus bens", disse.
O deputado estadual Valdinar Barros (PT) afirmou que Lago deve sair de "cabeça erguida". "Vamos sair de cabeça erguida, cumprir a determinação judicial", disse.
O deputado federal Domingos Dutra (PT) também subiu ao palanque e criticou o presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Tavares (PSB), por ter cumprido a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de empossar Roseana. Ele disse que isso enfraqueceu o movimento e por isso, "com lágrimas nos olhos", defenderia a saída do Palácio dos Leões.
Ontem a assessoria de Lago afirmou que ele passaria a noite no Palácio dos Leões e que pela manhã podia anunciar se sairia ou não do prédio. O ex-governador estava acompanhado de alguns ex-secretários que faziam parte de sua administração e de deputados federais e estaduais de sua base de apoio. Mais cedo, ele se reuniu com os aliados.
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