PUBLICIDADE

Polícia

Acusado de mandar matar Dorothy Stang é preso no PA

9 abr 2009 - 10h38
Compartilhar

Lucy Silva

Direto de Belém

O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser o mandante da morte da missionária Dorothy Stang foi preso na noite de ontem. A prisão aconteceu na fazenda Santa Cecília, propriedade de Bida, no município de Pacajá (PA), na rodovia transamazônia. O acusado estava com a prisão preventiva decretada desde a terça-feira. Dorothy Stang foi morta a tiros na localidade de Anapu (PA) em fevereiro de 2005.

A prisão foi efetuada por uma equipe de policiais da superintendência de Altamira. A polícia ficou sabendo do paradeiro do fazendeiro através de familiares dele. "O pai e o irmão dele vieram até a delegacia e informaram que ele não sabia da sentença e se ofereceram para levar nossa equipe até o local onde ele estava", informou o delegado Luís Nicácio, responsável pela prisão.

O local é de difícil acesso, distante cerca de 30km do município de Anapu, em um ramal da rodovia Transamazônica. "Ainda tivemos que andar oito quilômetros dentro do ramal e enfrentar água até a cintura para chegar até a sede da fazenda", contou o delegado. Segundo a polícia, Bida não ofereceu resistência à prisão. "Quando chegamos lá ele já nos aguardava e se entregou pacificamente", disse o delegado.

Por medida de segurança, o fazendeiro precisou usar colete à prova de balas. Ele foi levado para a Superintendência de Polícia Civil em Altamira. Sua prisão foi comunicada à Justiça na manhã de hoje e a polícia aguarda decisão sobre a transferência para uma penitenciária.

O julgamento em que Bida foi absolvido foi anulado na última terça-feira, pois a Justiça entendeu que a defesa apresentou prova ilegal, quando usou um vídeo em que Amair Feijoly, o "Tato", outro envolvido no caso, inocentou o fazendeiro. A prova foi incluída nos autos sem o conhecimento da Justiça e da Promotoria.

Com a anulação do julgamento, Bida teve prisão preventiva decretada. A defesa dele informou que vai pedir habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade