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Polícia

Brasileira confessa ter forjado ataque, diz revista suíça

18 fev 2009 - 18h28
(atualizado às 21h19)
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A advogada brasileira Paula Oliveira, 26 anos, confessou ter forjado o ataque de um grupo de neonazistas no último dia 9, ao sair de uma estação no subúrbio de Zurique, segundo informou a revista suíça Die Weltwoche. A publicação afirma que Paula assinou uma confissão, no último dia 13, no Hospital Universitário de Zurique.

Revista suíça: brasileira confessou ter mentido:

Em entrevista ao Jornal Nacional, o advogado contratado pela família de Paula afirmou que ainda não houve um interrogatório formal com o Ministério Público suíço. Segundo Roger Müller, tudo o que for dito à polícia na ausência de um advogado não pode ser considerado como prova. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou que ainda não teve uma confirmação oficial da suposta confissão de Paula e reiterou o apoio à família independente da situação.

Na noite do dia 9, uma patrulha da polícia de Zurique foi acionada à estação de Stettbach e encontrou a brasileira com ferimentos feitos com objetos cortantes. Ela explicou, na época, que foi agredida por três homens de cabelos raspados e foi ferida com um faca. Ela também disse que estava grávida de gêmeos havia três meses e que sofreu um aborto no banheiro da estação.

No dia 13 de fevereiro, o diretor do Instituto de Medicina Forense da Universidade de Zurique, Walter Bär, afirmou em entrevista coletiva que, a partir de exames de legistas e ginecologistas, sua conclusão é de que a brasileira não estava grávida e teria ela mesma feito os ferimentos em seu corpo.

A revista suíça, que não cita suas fontes, afirmou ainda que Paula também contou às autoridades que não estava grávida e que conhecia o Partido do Povo da Suíça, cuja sigla foi escrita com cortes em seu corpo, apenas por cartazes.

A publicação também diz que a atitude da brasileira não teria sido espontânea, mas planejada com horas ou dias de antecedência. A Die Weltwoche ressalta que vítimas de violência na Suíça recebem consideráveis quantias de indenização (entre 50 a 100 mil francos suíços), com agravante se a vítima está grávida e perde os filhos.

Fonte: Redação Terra
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