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Rio tem índice de mosquito da dengue em nível de alerta

24 jan 2009 - 21h28
(atualizado às 22h11)
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O resultado do Levantamento de Índice do Aedes aegypti (Liraa) realizado de 5 a 14 de janeiro pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio apresentou resultado de 2,92%. O Liraa aponta três situações: até 1% de infestação significa que o município está em condições satisfatórias; de 1% a 3,9%, situação de alerta; e superior a 4% aponta risco de surto.

O resultado do Liraa no Rio também é maior que a média nacional: 57,8% dos municípios apresentam índice abaixo de 1%. A metodologia do levantamento divide as cidades em grupos de 9 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes. Em cada grupo, também chamado estrato, são pesquisados 450 imóveis.

A área com o maior índice de infestação da cidade é a que abrange os bairros de Madureira, Marechal Hermes e Rocha Miranda, com 4,45%, seguido das regiões da Ilha do Governador, Penha e Maré, com 3,90%. Já os bairros do Méier, São Francisco Xavier, Pilares, Engenho de Dentro e Piedade, que possuíam os índices mais altos da cidade, encontram-se agora em terceiro lugar, com 3,77% de infestação.

Os índices mais altos por bairro estão no Complexo do Alemão, com 14,2%; Pavuna, com 9,8%; Quintino, com 8,8%; Coelho Neto, com 8,3%; Inhoaíba, com 8,2%; Freguesia, Pechinha e Cascadura, com 8,1%; Campo Grande, com 7,8; Abolição e Pilares, com 7,7%; Penha, com 7,4%; Cordovil, Jardim América e Vigário Geral, com 7,3%.

Outras áreas da cidade em que foi observada uma queda no Liraa foram Santa Cruz, com 1,16%, e Grande Tijuca, 2,19%, que, junto com a região de Barra e Jacarepaguá, possuem os menores índices de infestação do Rio.

Paquetá, onde foi feita a primeira ação de combate à dengue do ano, também merece destaque, pela brusca diminuição. No último Liraa, o índice de infestação caiu de 3,4% para 0,9%, ficando abaixo do recomendado pela Organização Nacional de Saúde. Pela primeira vez, um bairro conseguiu reduzir drasticamente o índice de um levantamento para outro.

O levantamento também apontou um aumento na quantidade de focos encontrados em depósitos fixos. Lajes, vasos sanitários e caixas de descarga, ralos internos e externos sem uso freqüente representam 34,91% dos depósitos encontrados na cidade. Materiais usados em construção, horticultura, consumo doméstico e animal como barris, tonéis, tinas, tambores, depósitos de barro, tanques, poços, cisternas representam 18,21% dos criadouros, seguidos dos vasos com água, pratos ou pingadeiras, que são 17,84%, dos locais onde foram encontrados focos.

Latas, frascos, embalagens plásticas, garrafas, toldos, peças de carros, também são motivo de preocupação por serem armazenadas indevidamente, representando 17,23% dos criadouros.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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