Concessão de asilo político foi alívio, diz Cesare Battisti
O ex-ativista do grupo de extrema esquerda Proletários Armados pelo Comunismo Cesare Battisti disse considerar um "alívio" a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder asilo político a ele e, com isso, evitar que seja extraditado para a Itália.
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Condenado a prisão perpétua à revelia em seu país de origem por supostamente ter coordenado o assassinato de quatro pessoas, Battisti deve ser colocado em liberdade a qualquer momento.
Na manhã desta quinta-feira, o militante, que está preso na penitenciária da Papuda, em Brasília, recebeu a visita de seu advogado, o ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh, que prepara para esta tarde uma petição a fim de que o Supremo Tribunal Federal (STF) decrete a liberdade imediata do italiano.
Apesar de a decisão do ministro Tarso Genro ter sido publicada no Diário Oficial da União, ainda não foi encaminhado à Suprema Corte nenhum pedido para a soltura de Battisti.
Durante conversa com Greenhalgh no presídio, o italiano afirmou que, com sua liberdade, pretende recomeçar a carreira de escritor e finalizar seu segundo romance, cujo título está definido: Pé de Muro.
Segundo a defesa de Cesare Battisti, sua condenação no país europeu é resultado de "motivação exclusivamente política", sendo que, em carta de próprio punho, o ex-presidente da Itália, Francesco Cosiga, teria admitido essa tese nas ações do governo italiano.