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Festival em São Paulo celebra raízes africanas do Brasil

15 nov 2013 - 15h32
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O festival de música e literatura "Flink Sampa", que começou nesta sexta-feira em São Paulo, celebra as raízes africanas do Brasil em um encontro multidisciplinar que vai até no domingo com a participação de cantores, escritores, professores, ativistas e políticos.

Parte dos eventos de comemoração do Dia da Consciência Negra, celebrado dia 20, o festival pretende ser um "espaço de interação dessa nova classe média multirracial, que quer oportunidades para criar um Brasil melhor e mais justo", explicou a organização no site.

"Essa diversidade deve ser discutida, mostrada e debatida para que possamos integrar a todos os brasileiros em um círculo virtuoso da produção artística, intelectual, étnica e cultural", afirmou o reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, José Vicente, que inaugurou o festival.

Para Vicente, que lidera uma universidade símbolo da integração racial dos afrodescendentes, o evento serve para "moldar um Brasil que sai do sonho para se tornar realidade".

Na segunda-feira a faculdade promove um debate das questões raciais contemporâneas e que terá a participação do presidente da Guiné, Alpha Conde; do ex-senador e pastor evangélico americano Jesse Jackson e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante os três dias do festival, várias mesas discussão a integração racial e políticas afirmativas que contribuem para isso, as condições de vida da população negra no Brasil e a busca de igualdade nas cidades.

No Memorial da América Latina haverá shows, rodas de samba e também desfiles de roupa afro-brasileiras.

Na próxima quarta-feira, dia 20, o Brasil celebra o Dia da Consciência Negra, feriado em boa parte do país, data que lembra a morte em 1695 de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do período colonial, que reunia escravos e libertos na tentativa de manter uma comunidade independente no nordeste.

Segundo dados oficiais do censo 2010, do IBGE, 50,7% da população se declarou negra ou parda. Recentemente o governo e o Congresso retomaram a discussão de leis e projetos de ações afirmativas, como o de cotas raciais no poder legislativo e na administração pública.

EFE   
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