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SP: testemunha diz que Kassab recebeu "fortuna" da Controlar

16 jan 2014 - 23h27
(atualizado em 17/1/2014 às 04h07)
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Uma testemunha, identificada apenas como “Testemunha Gama”, afirmou em depoimento ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), havia ganhado "uma fortuna" da empresa Controlar, responsável pela inspeção veicular na capital, e que essa quantia ficava guardada na casa do presidente nacional do PSD. As informações são do Jornal Nacional.

A denúncia teria sido relatada inicialmente pelo irmão do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), cujo o nome do irmão, Marco Garcia, aparecia no aluguel de uma sala no centro de São Paulo, onde promotores encontraram R$ 88 mil em espécie.

Neste local, de acordo com o depoimneto, o ex-subsecretário da Receita da prefeitura de São Paulo, Ronilson Bezerra, visitava frequentemente o vereador e ex-secretário Antonio Donato (PT) para tomar cerveja e repassar dinheiro que tinha como origem a cobrança de propina, no esquema que ficou conhecido como “Máfia do ISS”, que pode ter causado prejuízo de R$ 500 milhões aos cofres da administração paulistana. 

A testemunha afirmou que, após a denúncia do MP sobre o esquema na arrecadação de impostos, Kassab pediu ajuda a Marco Garcia para retirar o dinheiro de seu apartamento. Segundo o depoimento, o irmão do secretário retirou o dinheiro e providenciou um avião para levá-lo ao Mato Grosso. 

Ex-secretário de Governo de Fernando Haddad (PT), Donato foi afastado após ter seu nome envolvido no esquema de corrupção. De acordo com o MP, os auditores fiscais investigados marcavam reuniões em uma sala no centro de São Paulo, onde promotores encontraram R$ 88 mil em espécie. 

Segundo o Jornal Nacional, a testemunha não apresentou nenhuma prova que embase suas denúncias feitas ao MP. Para os promotores, porém, o depoimento é importante por causa da proximidade que a testemunha tinha com Ronilson.

De acordo com o jornal, nesta quinta-feira, o auditor fiscal Eduardo Barcellos depôs no MP e forneceu novas informações. Segundo ele, Ronilson pagou propina ao vereador Aurélio Miguel (PR) para evitar que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) fosse instalada na Câmara de Vereadores. 

Outro lado

Aurélio Miguel afirmou que as acusações são mentirosas e que ele assinou o pedido de CPI. O parlamentar disse que processará Barcelos.

Ronilson e a Controlar negaram as acusações. Donato disse que a denúncia é absurda, sem fundamento e que é uma história inventada para desviar o foco das investigações.

Kassab classificou o depoimento como falso e fantasioso e afirmou ter sido o responsável por abrir investigação contra os fiscais. 

Marco Garcia disse, através de seu advogado, que não tem contato com Kassab e que a acusação de que ele teria ajudado a retirar dinheiro do apartamento do ex-prefeito é absurda. 

Fonte: Terra
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