Marcha das Vadias reúne centenas no Paraná
Ato aconteceu no centro da cidade Londrina neste sábado
A Marcha das Vadias aconteceu às 12h deste sábado no calçadão do centro de Londrina (PR) . O evento está em sua 3° edição e foi organizado por voluntários de diversas entidades. Esse ano o slogan trabalhado foi o "machismo mata" e reuniu cerca de 500 pessoas.
Uma das organizadoras do evento, Mariane Hara, que participa do evento desde a sua 1° edição afirma que a cada o ano percebe uma conscientização maior das pessoas para o assunto. "Percebo uma conscientização a cada nova edição da marcha, nas universidades as pessoas conversam mais sobre o assunto, na própria cidade vejo que existe um espaço maior para essa luta", diz.
Para ela, o evento é importante porque traz à tona o assunto. "Acho que é um evento pontual de algo que acontece todo o tempo e a marcha vem para lembrar que acontece. Muitas mulheres não se sentem a vontade para conversar sobre isso, muitas vezes, o difícil é justamente a própria mulher que reproduz o machismo", completa.
A marcha reuniu diversas pessoas com cartazes, pinturas no corpo, além de músicas e gritos para expressar o apoio ao movimento. Geiza Riemer veio participar da marcha e afirma que "é necessário sempre dar visibilidade para esse assunto e chamar a atenção para o problema que acontece todos os dias, mas que no dia da marcha temos a oportunidade de escancarar o problema".
Geize Souza defende que existe uma ditadura sobre mulher. "A ditadura da mulher, que é subjugada em uma sociedade que escraviza sua feminilidade. Esse evento faz parte das maneiras que buscamos para acabar com isso", ressalta.
A Marcha das Vadias acontece em diversas cidades do Brasil e do mundo e defende a liberdade da mulher em ser dona do seu próprio corpo, além de condenar o estupro e a tentativa de responsabilizar as vítimas pelas agressões sofridas.
A marcha é uma manifestação que nasceu em Toronto, no Canadá, no ano de 2011 após uma série de estupros ocorridos. Um declaração de um policial, na época, que teria dito “para as mulheres evitassem se vestir como vadias (sluts, no inglês original), para não serem vítimas".
Em Londrina o movimento defende a criminalização dos violadores e repudia qualquer julgamento à vítima. Além do o respeito à individualidade feminina, liberdade para exercer sua sexualidade e o direito sobre decidir sobre o próprio corpo.