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Cantareira reduz abastecimento, mas Alckmin nega racionamento

11 mar 2014 - 14h27
(atualizado às 14h45)
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Governador voltou a descartar racionamento nesta terça-feira
Governador voltou a descartar racionamento nesta terça-feira
Foto: Thiago Tufano / Terra

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, voltou a descartar nesta terça-feira a possiblidade de fazer racionamento de água em algumas regiões do Estado, principalmente nas que são abastecidas pelo sistema Cantareira, que está com apenas 16% de capacidade de operação por conta da falta de chuvas. Apesar disso, parte da população abastecida pelo Cantareira passará, a partir de abril, a ser abastecida pelo sistema Guarapiranga, que está com 70% de sua capacidade.

"Neste momento, está descartado (o racionamento), mas essa é uma questão que tem que ser monitorada dia a dia. Estamos frente a um fato excepcional pois é a maior seca dos últimos 84 anos. Hoje nós já atingimos a meta sem precisar de racionamento. Em abril, bombas vão bombear água do sistema Guarapiranga para o sistema Cantareira. Essa transferência vai aumentar. Vamos reduzindo a retirada de água à medida que isso ficar pronto", disse Alckmin.

A presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, explicou que alguns bairros como Jardins, parte do Brooklin e Itaim, passarão a ser abastecidos pelo sistema Guarapiranga. 

"A partir de abril estamos fazendo adequações nas instalações que permitam transferência de mais água do Guarapiranga para atender bairros da região oeste que hoje são atendidos pelo sistema Cantareira. Isso é em torno de 1 milhão de pessoas. O número total de pessoas que deixaram Cantareira e passaram para outros sistemas passaria a 3 milhões", disse.

Segundo a presidente da Sabesp, válvulas que bombeiam água de um sistema para outro começarão a trabalhar. “É uma medida emergencial para distribuir melhor a água e não faltar água para ninguém. É o que estamos empenhados”. 

Depois de ter subido 0,3 ponto percentual nos dois últimos dias, o nível do Sistema Cantareira voltou a cair na última segunda-feira, passando de 16,1% da capacidade de operação para 16%. A partir de ontem, o bombeamento desse maior centro de captação, armazenamento e tratamento de água da região metropolitana de São Paulo teve um corte passando de 31 mil metros cúbicos por segundo para 27,9 mil litros por segundo. Essa medida segue a determinação da Agência Nacional de Águas e do Departamento de Águas e Energia Elétrica.

Nesta terça-feira, Alckmin entregou as primeiras contas aos clientes abastecidos pelo Cantareira. O governador visitou casas que tiveram grande redução de consumo de água. Esses moradores foram "premiados" com redução no preço da conta de água. Tem direito ao bônus o cliente que reduzir em pelo menos 20% o consumo médio de um período de 12 meses. Para esses consumidores haverá desconto de 30% na conta.

"Não há necessidade de estender isso para outras regiões. O problema é localizado no sistema Cantareira, mas o uso racional da água é sempre positivo", afirmou Alckmin. 

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Fonte: Terra
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