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Batalhão de Choque entra em Alcaçuz para transferir detentos

18 jan 2017 - 19h22
(atualizado às 19h37)
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Governo não informa quantos detentos serão transferidos e nem o local para onde serão levados. Medida pretende viabilizar início da reforma do presídio, que está sem grades nas celas desde março de 2015.A tropa de choque da Polícia Militar do Rio Grande do Norte entrou nesta quarta-feira (18/01) na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal. A operação visa a transferência de detentos. O governo não divulgou o número de presos que serão retirados do local. A medida pretende viabilizar o início da reforma do presídio.

Os policiais se dividiram em três grupos para avançar no interior da penitenciária. Não houve enfrentamentos com detidos. O clima em Alcaçuz está tenso desde a rebelião de domingo que deixou 26 mortos, que seriam integrantes da facção criminosa Sindicato do Crime. Desde então, presos iniciariam uma série de pequenos motins no local.

Depois de a polícia deixar o presídio, após controlar a primeira rebelião e retirar os corpos, os detentos voltaram a subir nos telhados da unidade na segunda-feira e novamente na terça-feira.

Os detidos circulam livremente pelo presídio desde março de 2015, quando as grades das celas foram destruídas numa rebelião. A penitenciária, que comporta 620 presos, está superlotada e abriga atualmente 1.150 homens.

Segundo o jornal O Globo, cerca de 200 presos, ligados ao Sindicato do Crime, deverão ser transferidos para o Presídio Estadual de Parnamirim. O governo não confirmou essa informação.

A rebelião na maior prisão do Rio Grande do Norte marca mais um capítulo da crise penitenciária no país. Segundo as autoridades, o motim na penitenciária de Alcaçuz se restringiu aos pavilhões 4 e 5 e envolveu as facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Sindicato do Crime. O governador do estado, Robinson Faria, disse que o massacre foi uma vingança do PCC pela chacina ocorrida em Manaus.

CN/lusa/abr

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