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Atentado suicida deixa ao menos 70 mortos no Paquistão

16 fev 2017 - 17h27
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Extremista detona explosivos dentro de importante santuário sufista, que estava cheio para a oração de quinta-feira. Mais de 150 pessoas ficam feridas. EI reivindica ataque.Um atentado suicida reivindicado pelo grupo "Estado Islâmico" (EI) deixou ao menos 70 mortos e mais 150 feridos num templo sufista na província de Sindh, no sul do Paquistão. Esse é o pior ataque terrorista ocorrido no país nos últimos anos.

A agência Amaq, ligada ao EI, noticiou que "um suicida do 'Estado Islâmico' detonou seu colete de explosivos numa concentração de xiitas no templo de Lal Shahbaz Qalandar, na região de Shewan", durante a hora da oração.

Cerca de 500 pessoas estavam no local no momento do atentado. O inspetor-geral da polícia da província de Sindh disse que "muitas pessoas feridas estão em estado crítico". O local estava cheio porque a quinta-feira é um importante dia de oração para os sufistas.

O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, condenou o atentado e o classificou de um ataque contra a minoria religiosa sufi. "Os últimos dias têm sido difíceis, e meu coração está com as vítimas", disse Sharif. "Mas não podemos deixar que esse eventos nos dividam ou intimidem."

Esse é o sexto ataque ocorrido no Paquistão nesta semana, incluindo um Lahore, no leste do país, e uma explosão no Baluchistão que provocou a morte de três militares, também nesta quinta-feira. A recente série de atentados terroristas tem sido reivindicada pelo EI e por grupos rivais, como os talibãs paquistaneses.

Em agosto do ano passado, 74 pessoas foram mortas num atentado suicida num hospital na cidade de Quetta, no sudoeste do país. O ataque foi reivindicado pelo EI e também pela facção talibã paquistanesa Jamaat-ur-Ahrar.

O sufismo é uma corrente mística do islã que é muito popular no Paquistão. O templo onde ocorreu o ataque é dedicado ao filósofo e poeta do século 13 Lal Shahbaz Qalandar, cujo espírito é invocado com rituais de dança e canto. Os sufistas são considerado hereges pelo EI e talibãs paquistaneses.

KG/efe/rtr

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