'Construa pontes, não muros': Marcha das Mulheres reúne milhares contra Trump ao redor do mundo

21 jan 2017 - 13h44
(atualizado às 13h47)
Em Londres, manifestantes começaram a passeata em frente à embaixada americana
Em Londres, manifestantes começaram a passeata em frente à embaixada americana
Foto: BBC / BBC News Brasil

Um dia após a posse de Donald Trump, milhares de manifestantes participaram da Marcha das Mulheres em Londres, no Reino Unido, que é parte de protesto internacional contra o novo presidente americano.

Segundo a organização, o objetivo das manifestações é combater a misoginia e pedir respeito aos direitos das mulheres, que acreditam correr risco sob o novo governo dos Estados Unidos.

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"Aqueles que gritam mais alto normalmente são o que são mais ouvidos", disse uma das organizadoras ao abrir o evento na capital britânica.

A passeata começou em frente à embaixada dos Estados Unidos, na Grosvenor Square, onde um outro protesto já havia sido organizado na noite de sexta-feira, e saiu rumo à Trafelgar Square, local onde foi marcado um comício.

'Contra o ódio'

Muitos manifestantes traziam cartazes com mensagens contra o ódio que acreditam ser incentivado por Trump
Foto: Carla Barreto / BBC News Brasil

Enquanto caminhavam, os participantes entoavam palavras de ordem - "Construa pontes, não muros" ou "Garotas só querem seus direitos fundamentais" -, e cartazes com mensagens para o presidente americano, como "O amor supera o ódio" e "Não a Trump, Não à guerra".

Entre o público presente, a maioria era formada por mulheres, como a jornalista Ikram, de 27 anos.

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Mensagens bem humoradas também tiveram espaço no ato em Londres
Foto: Carla Barreto / BBC News Brasil

"Estou aqui para me manifestar contra o ódio que ele está incentivando. Ele dividiu as pessoas e as fez se virarem umas contras as outras para chegar ao poder. Espero que daqui a quatro anos ele não seja mais presidente", afirmou ela.

A pintora americana Evelina, de 35 anos, disse que "todos estavam ali pela igualdade". "Queremos ser ouvidos e mostrar que a misoginia não é aceitavel."

'Desalento'

Muitos homens também compareceram à passeata em Londres
Foto: Carla Barreto / BBC News Brasil

Também havia muitas famílias com crianças e também diversos homens entre os manifestantes.

O artista plástico Toby, de 27 anos, diz ter comparecido ao ato com seu filho de 8 anos para demonstrar solidariedade às mulheres e "outras pessoas que vão sofrer com esse governo".

"A política chegou a tal ponto que uma pessoa como Trump pode ser eleito chefe de Estado. Queria demonstrar meu desalento com essa situação."

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Há mais de 700 marchas programadas em cidades ao redor do mundo. Em Sydney, o ato reuniu 3 mil pessoas. Também já houve manifestações na China, na Nova Zelândia, em Berlim, entre outros países.

Na capital americana, Washignton, são esperadas 200 mil pessoas.

Em Sydney, na Austrália, passeata reuniu 3 mil pessoas
Foto: Getty Images / BBC News Brasil
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