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"Voar é mais seguro do que ficar em casa", diz especialista

25 mar 2015 - 15h41
(atualizado às 15h41)
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Perito em aviação afirma que humanos têm dificuldade em assimilar a real probabilidade de acidentes. Segundo ele, setor aéreo é extremamente confiável e continua a ampliar sua segurança.

Tragédias como a do voo 4U-9525 da Germanwings assustam. Mas o avião ainda é tido como o meio de transporte mais confiável do mundo. "Voar é mais seguro do que ficar em casa", diz, em entrevista à DW, o jornalista especialista em aviação John Walton.

Em 2014, por exemplo, ocorreu apenas um acidente aéreo a cada 4,4 milhões de voos. A proporção é de 0,23 acidente por milhão de voos sendo, portanto, o nível mais baixo da história da aviação. Em 2013, a quota ficou em 0,41.

DW: Considerando o que se sabe até agora, o voo 4U-9525 perdeu contato e teve uma queda de 18 minutos antes de se chocar. Qual são as possíveis causas desse acidente?

John Walton: Nós não podemos dizer nada agora sobre as causas do acidente sem fazer uma especulação, o que não seria responsável.

Como se pode classificar a segurança aérea após esse ultimo acidente?

Voar é mais seguro do que ficar em casa. Existem muito mais acidentes domésticos do que no ar. Claro, da maneira como nossa mente funciona, voar é o que conhecemos como arriscado. Humanos são péssimos para assimilar a real probabilidade de acidentes que são mais raros, mas que causam maior impacto. As pessoas devem estar conscientes de que a indústria da aviação é extremamente segura e continua a ampliar a sua segurança. Esse acidente, como todos os outros, resultará em melhorias na aviação.

Como o desastre pode afetar a indústria dos transportes aéreos? A companhia alemã Germanwings realiza voos de curta e média distância, e as pessoas teriam alternativas para chegar ao destino desejado.

Duvido que o acidente cause impactos significativos. A Germanwings, que pertence ao grupo Lufthansa, é uma operadora muito segura. O desastre não deve gerar grandes impactos para ninguém. Claro, existem pessoas que associarão o nome da empresa com o incidente, o que é lamentável, já que ela é muito segura e responsável.

A Germanwings já tem lutado com as greves dos pilotos. Como o desastre pode afetar o grupo Lufthansa e suas subsidiárias?

Eu não tenho certeza se é possível afirmar alguma coisa nesse momento. Acho que isso é algo que as pessoas vão começar a pensar nos próximos dias ou semanas, enquanto elas acompanham o que aconteceu com essa aeronave.

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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