Vítima de acidente de ônibus em Nova York pede US$ 20 mi em processo
Uma mulher que ficou ferida no acidente de ônibus que matou 15 pessoas em Nova York há menos de duas semanas apresentou nesta quarta-feira um processo contra o motorista do veículo, Ophadell Williams, e a companhia de transporte, World Wide Travel, de US$ 20 milhões.
"O acidente foi resultado direto da falta de direção e da distração do motorista", diz o processo apresentado pela passageira, Yuke Cho Lo, uma mulher de 74 anos que continua internada no hospital depois de ter se submetido a várias cirurgias, segundo a imprensa local.
O processo, apresentado nesta quarta-feira no Tribunal Superior do Bronx (Nova York), pede uma compensação de US$ 20 milhões à companhia de ônibus World Wide Travel por ter "exposto todos os passageiros ao não contratar um motorista qualificado".
Yuke Cho Lo também decidiu processar o motorista do veículo, Ophadell Williams, a quem as autoridades nova-iorquinas retiraram a carteira de habilitação na semana passada por ter mentido e utilizado diferentes nomes para mantê-la, já que em 1995 já tinha perdido o direito de dirigir por conduzir sem carteira e ultrapassar os limites de velocidade, lembra o jornal "Daily News".
Segundo a acusação, os motoristas da companhia trabalhavam mais horas que o permitido e não descansavam o necessário, ao mesmo tempo em que não informavam os dados requeridos sobre o número de horas que passavam na estrada.
"Deixaram que tanta gente morresse... e os que sobreviveram têm que sofrer. Não é justo", disse ao jornal Goh Chen, amiga da mulher que apresentou o processo.
O acidente, no qual morreram 15 das cerca de 30 pessoas que viajavam no ônibus, aconteceu no dia 12 de março quando o veículo, que retornava do Cassino Mohegan Sun, em Connecticut, se chocou contra um poste no caminho rumo ao bairro de Chinatown, em Manhattan.
O motorista do veículo relatou que o acidente aconteceu depois que um caminhão bateu contra a parte traseira do ônibus, enquanto vários sobreviventes garantiram que o veículo viajava "em alta velocidade" antes do acidente.