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Vacina contra gripe suína estará pronta em setembro, diz OMS

6 ago 2009 - 15h14
(atualizado às 17h48)
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira que os primeiros lotes de vacinas contra a gripe suína devem estar licenciados e prontos para a imunização da população já no mês de setembro. Em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira, a diretora de Pesquisa de Vacinas da OMS, Marie-Paul Kieny, afirmou que alguns laboratórios já produziram lotes iniciais da vacina e que testes clínicos já estão sendo realizados.

A informação já havia sido confirmada por Kieny em uma entrevista à BBC Brasil no último mês de julho. Durante a entrevista desta quinta-feira, Marie-Paul Kieny também afirmou que as vacinas contra o vírus da influenza A (H1N1) serão "seguras", já que serão feitas a partir de uma "tecnologia antiga e testada".

Segurança

Nos últimos meses, alguns especialistas levantaram dúvidas a respeito da segurança deste tipo de imunização, já que, em 1976, após uma campanha de vacinação contra a gripe suína nos Estados Unidos, alguns pacientes desenvolveram uma rara condição neurológica conhecida como Síndrome de Guillain-Barré.

Na época, cerca de 500 pessoas foram afetadas pela síndrome - que causa uma paralisia temporária e pode ser letal - depois de terem sido vacinadas. De acordo com Kieny, no entanto, a "qualidade do controle de vacinas atualmente é muito maior que há 30 anos".

Além disso, as agências regulatórias dos diversos países irão monitorar qualquer reação adversa, ressaltou.

Brasil

Embora os primeiros lotes já devam estar prontos em setembro, de acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é de que as primeiras vacinas só cheguem ao Brasil no final do ano. Segundo o ministério, o governo comprará 1 milhão de doses de vacina contra a gripe suína que estarão prontas para uso em dezembro.

Outras 17 milhões de doses serão produzidas pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e estarão disponíveis no primeiro semestre de 2010, para imunizar a população contra uma possível segunda onda da doença. Ainda não foram definidos quais serão os grupos populacionais que serão priorizados na vacinação.

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