UE endurece sanções contra regime sírio de Bashar al Assad
Os países da União Europeia (UE) aprovaram nesta segunda-feira novas sanções ao regime sírio de Bashar al Assad pela repressão aos protestos no país e ainda por se recusar a abrir processo de reformas democráticas.
Os 27 acordaram bloquear os recursos de oito novas entidades vinculadas ao Governo e de 22 pessoas - principalmente militares -, as quais também terão proibida a entrada em território comunitário.
As novas medidas foram aprovadas no começo da reunião dos ministros das Relações Exteriores que ocorre nesta segunda-feira em Bruxelas.
Nesta nova rodada de sanções continua a linha marcada pela UE, que se comprometeu em endurecer a pressão sobre o regime sírio enquanto persistir a repressão.
Em dezembro, os 27 incluíram outras 12 pessoas e 11 entidades a sua lista negra, na qual já figuravam 74 indivíduos e 19 companhias.
Além disso, a UE introduziu sanções econômicas em coordenação com os Estados Unidos a diversos setores, como energético, financeiro, bancário e comercial.
Nesta segunda-feira, os responsáveis pelas Relações Exteriores dos 27 devem discutir a situação no país, depois que a última proposta da Liga Árabe fosse rejeitada hoje pelo regime de Bashar al Assad.
Damasco classificou de "complô conspiratório" o pedido feito no domingo pelos países árabes, que pediram a Assad transferir os poderes ao vice-presidente do país, e a formar um Governo de união nacional no prazo de dois meses, para convocar eleições presidenciais.
A chefe da diplomacia comunitária, Catherine Ashton, expressou nesta segunda-feira que a UE apoia as propostas da Liga Árabe diante das Nações Unidas.
O Conselho de Segurança da ONU não aprovou medidas contra o regime sírio diante da oposição da Rússia e China, uma postura que o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, classificou de "grande equívoco".