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Tufão "Bopha" deixa pelo menos 274 mortos e 218 mil deslocados nas Filipinas

5 dez 2012 - 12h42
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As autoridades elevaram a 274 o número de mortos por conta das inundações e deslizamentos de terra causados pelo tufão "Bopha" nas Filipinas, enquanto 279 pessoas estão desaparecidas e 218 mil tiveram que ser deslocadas.

O diretor do Conselho Nacional de Prevenção e Resposta aos Desastres, Benito Ramos, indicou aos meios de informação que, além disso, há 339 feridos.

A maioria das vítimas mortais faleceram nas províncias do Vale de Compostela (139) e Davao Oriental (114), no leste da ilha de Mindanao, por onde o tufão entrou ontem com ventos sustentados de 175 km/h.

Na província de Surigao do Sul, também em Mindanao e onde foi declarado estado de calamidade, há quatro mortos confirmados, enquanto em Misamis Ocidental morreu um filipino de 31 anos por conta da queda de uma árvore pelos ventos produzidos por "Pablo", o nome local do tufão.

Outras vítimas faleceram em Misamis Oriental (4), Agusan do Sul (3), Bukidnon (2), Negros Oriental (2), Leyte (1), Samar (1), Cebu (1) e Siquijor (1).

Muitos dos falecidos morreram soterrados por avalanches de terra, como aconteceu na cidade de Novo Bataan, no Vale de Compostela; outros morreram afogados ou desapareceram arrastados pela enchentes, enquanto alguns perderam a vida eletrocutados ou foram golpeados por objetos levados pelo vento.

Os relatos dos sobreviventes, que chegam a 167.294 nos diferentes centros de amparo, descrevem à imprensa local os horrores vividos.

As Forças Armadas ajudam nas operações de resgate e dão assistência aos desabrigados, mas as condições do tempo e a situação do solo no local dificultam as tarefas.

O comandante geral Ariel Bernardo, chefe da X Divisão de Infantaria, assinalou pela "rádio dzBB" que enviaram dois efetivos ao Vale de Compostela, mas acrescentou que eles também foram "vítimas da tempestade".

"Nada ficou de pé em um de nossos quartéis e todo equipamento de comunicação foi destruído", apontou o militar.

"Bopha" perdeu força desde que entrou nas Filipinas e agora se encaminha com ventos sustentados a 120 km/h em direção ao Mar da China Meridional, pela ilha de Palawan (oeste).

Os danos às infraestruturas e à agricultura serão numerosos, e apenas no Vale de Compostela já chegam aos US$ 100 milhões, segundo os cálculos preliminares do governador do território, Arthur Uy.

O Conselho Nacional de Prevenção e Resposta aos Desastres contam em seus registros com 1.311 casas completamente destruídas e outras 1.465 danificadas.

Além desses problemas, cinco pontes caíram e nove estradas foram danificadas, problemas que as autoridades e os voluntários tentam reparar para restabelecer o tráfego.

O governo das Filipinas estava preparado para a chegada de "Bopha", a 16ª tempestade do ano, e já tinha realocado algumas pessoas que residem em áreas de risco e suspendido as aulas nas províncias afetadas, entre outras medidas.

Mesmo assim, a força do vento e as copiosas chuvas superaram as previsões e "Bopha" se transformou no pior tufão do ano.

"Bopha" fecha a temporada de tufões nas Filipinas, quando o país é atingido por cerca de 15 a 20 tufões e que, geralmente, se inicia em junho e termina em novembro.

No ano passado ocorreu algo parecido com o tufão "Washi", que chegou inesperadamente ao arquipélago filipino em dezembro e matou 1.200 pessoas. EFE

jc/ff

(foto)

EFE   
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