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Suposto líder da Al Qaeda morre em ataque de avião americano no Paquistão

9 dez 2012 - 11h35
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Três supostos insurgentes morreram neste domingo em um ataque de um avião espião americano ("drone", em inglês) no Paquistão e, dentre eles, um alto comandante da Al Qaeda, o segundo líder da rede terrorista morto nesta semana em uma ação similar no país asiático.

A informação do alto comandante da Al Qaeda é de um porta-voz do exército paquistanês, o coronel Abid Ali Askari. "O ataque tirou a vida de um líder da organização, mas neste momento não podemos confirmar sua identidade. Quando tivermos identificado, comunicaremos", se limitou a dizer.

Fontes de segurança citadas por veículos da imprensa local, como "Dawn" e "Geo", detalharam que a aeronave não-tripulada lançou pelo menos quatro mísseis contra um complexo no qual estavam os fundamentalistas, situado na região de Tabbi.

Waziristão do Norte é uma das sete demarcações do conflituoso cinturão tribal fronteiriço com o Afeganistão, uma área semiautônoma que nunca esteve sob total controle das autoridades do Paquistão.

A região é considerada atualmente o principal reduto da insurgência talibã paquistanesa e também serve de refúgio para membros da rede Al Qaeda e de facções rebeldes que atuam no vizinho Afeganistão, como a rede Haqqani.

Outro ataque de aviões espiões dos EUA matou nesta semana um dos principais líderes da Al Qaeda, o clérigo Abu Zaid al Kuwaiti, que era considerado potencial sucessor do atual chefe da organização, Ayman al-Zawahiri.

Kuwaiti foi atacado no último dia 6, também no Waziristão do Norte, enquanto comia.

Segundo o portal "The Long War Journal", neste ano foram registrados 43 ataques deste tipo no Paquistão, dos quais mais de 80% tiveram como cenário o Waziristão do Norte.

As ações dos aviões espiões aumentaram consideravelmente após a chegada de Barack Obama à presidência dos EUA, em 2008.

Tradicionalmente, estes ataques contaram com o consentimento tácito do governo paquistanês, embora a política oficial de Islamabad seja criticá-los em público, já que os ataques geram forte rejeição popular no país.

Muitos observadores defendem a estratégia por sua capacidade para atacar de forma certeira líderes rebeldes, mas algumas organizações de direitos humanos denunciam que também causam um alto número de mortes entre civis. EFE

pmm-igb/tr

EFE   
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