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Suécia emite nova ordem de prisão contra fundador do Wikileaks

Primeiro mandado tinha erro processual; Suprema Corte sueca negou pedido de Julian Assange por apelo.

2 dez 2010 - 12h09
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Julian Assange estaria escondido em algum lugar na Grã-Bretanha

As autoridades suecas emitiram nesta quinta-feira um novo mandado de prisão contra o fundador do site Wikileaks, o australiano Julian Assange, após um erro processual ter impedido o cumprimento de um primeiro mandado.

Assange, de 39 anos, teve a prisão decretada pela Justiça sueca por conta de uma investigação sobre um estupro durante uma visita sua ao país em agosto.

Foragido, ele diz que as acusações são parte de uma campanha para desmoralizá-lo.

O site Wikileaks, fundado por ele, vem divulgando desde o domingo um pacote de mais de 250 mil comunicações diplomáticas secretas dos Estados Unidos.

O Wikileaks já havia provocado polêmica anteriormente ao publicar milhares de documentos secretos americanos sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão.

Exigência legal

Assange estaria escondido na Grã-Bretanha, em um local supostamente conhecido pelas autoridades locais.

Mas o cumprimento do mandado de prisão internacional não pôde ser cumprido supostamente porque o primeiro pedido não estipulava a pena máxima à qual ele poderia ser condenado na Suécia pelos crimes de que é acusado, uma exigência legal britânica.

Ainda nesta quinta-feira, a Suprema Corte da Suécia rejeitou um pedido de apelo de Assange contra a ordem de detenção.

Um tribunal distrital de Estocolmo havia emitido no dia 18 de novembro uma ordem de prisão de Assange por suspeitas de "estupro, abuso sexual e coerção ilegal".

"A Suprema Corte reviu o material e não encontrou nenhuma razão para conceder o direito de apelo", diz o documento.

Na quarta-feira, um porta-voz do Wikileaks disse que Assange está em uma localidade secreta.

"Quando há gente pedindo seu assassinato, é melhor manter a discrição", afirmou o porta-voz.

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