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Stédile defende radicalização do Fórum Social Mundial

25 jan 2010 - 13h14
(atualizado às 14h00)
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Para o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais SemTerra, João Pedo Stédile, a derrota do neoliberalismo não esgotou o papel do Fórum Social Mundial (FSM) na busca de "outro mundo possível". Ao comentar os 10 anos do FSM, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, João Pedo Stédile, apontou o imperialismo como o inimigonúmero um das esquerdas e dos movimentos sociais e defendeu aradicalização dos FSM como espaço de mobilização social.

"Vamos abrir os olhos: não é porque derrotamos o neoliberalismo quepodemos sair por aí soltando foguetes. O fórum não pode ser sóespaço anti-neoliberal, precisa ser anti-imperialista", disse nesta segunda-feira durante um seminário sobre os 10 anos do FSM.

Stédileafirmou que apesar da crise financeira internacional, que pôs emxeque alguns pilares do modelo neoliberal, o mundo ainda vive sob a"hegemonia do capital", com maioria de governos de direita edomínio ideológico dos meios de comunicação.

"Eles (capitalistas) vão adequando seus métodos, se apropriando deoutros modelos. Ele eram contra o Estado, mas agora na crise usaram oEstado para salvar os caixas dos bancos e das empresas".

Ao contrário do previsto na Carta de Princípios do FSM, de 2001, quediz que o fórum "não pretende ser uma instância representativada sociedade civil mundial", na avaliação de Stédile, o FSM temque aproveitar o caráter plural da reunião para organizarmobilizações de massa contra o imperialismo.

"O Fórum é uma espécie de concentração, de vestiário, mas não é lá que sedecide o jogo. O jogo se decide dentro do campo, com a coordenaçãode forças e a participação popular".

No entanto, o líder do MST reconheceu que as organizações e os movimentos sociais estão passando por uma "crise ideológica", o que dificulta aarticulação."Os projetos políticos são difusos e sem capacidade de mobilizar as massas para entrar em campo".

Agência Brasil Agência Brasil
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