Sobe para 48 o nº de mortos pela gripe suína no México
O governo do México elevou neste sábado para 48 as mortes causadas pela gripe suína no país e disse que prever o rumo futuro da epidemia "não é fácil".
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Diante da imprensa, o porta-voz do Ministério da Saúde mexicano, Carlos Olmos Tomasini, admitiu que há "novos casos praticamente em todo o país" e que os infectados subiram nas últimas horas para 1,578 mil, acima dos 1,319 mil que havia na sexta-feira.
As mais recentes mortes em consequência da gripe suína correspondem a uma pessoa no Estado de San Luis Potosí, que morreu em 3 de maio, e outras duas que morreram no Distrito Federal nos dias 21 de abril e 6 de maio.
A lista de vítimas não inclui mais três informadas ontem em Jalisco, no oeste do país, que estão em processo de confirmação.
"As três mortes anunciadas pelo governador de Jalisco (Emilio González Márquez) são prováveis, não casos confirmados", disse Tomasini, em entrevista coletiva.
Em seu breve discurso, de menos de cinco minutos e na qual não foram admitidas perguntas, o funcionário mexicano reconheceu que os contágios não pararam.
"Estamos confirmando a presença de novos casos de maneira progressiva em praticamente todo o país, o que necessariamente nos leva à tomada de decisões estaduais e inclusive locais, de acordo com a realidade imperante em seu entorno", disse.
O porta-voz disse que todas as autoridades estão atuando "respeitando as diretrizes recomendadas pelo Governo federal e pelo apoio dos especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS)".
Tomasini disse que todas as instituições "estão instrumentando ações de informação, acompanhamento e controle" dos possíveis casos através dos sistemas de vigilância epidemiológica, "a fim de detectar a tempo possíveis novos casos".
"Prever a evolução que este fenômeno terá em nível nacional não é fácil. Por isso, existem modelos matemáticos de previsão que buscam comparar o comportamento conforme às medidas adotadas pelo Governos de algumas das nações afetadas através da história", disse.
Até o momento, o Governo federal mexicano realizou 5,58 mil exames epidemiológicos em busca do vírus A (H1N1), das quais 1,626 mil deram positivo.
Além disso, as equipes sanitárias deslocadas a diferentes pontos do país, as "caravanas da saúde", continuam as campanhas preventivas e de promoção.
Até o momento, segundo números da OMS, o número de pessoas infectadas pela gripe subiu para 3,44 mil em 29 países.
Pela primeira vez desde que foi declarado o alerta sanitário, em 23 de abril, os Estados Unidos têm mais casos de infectados que o México (1,639 mil do primeiro frente a 1,364 mil do segundo, de acordo com a OMS).
Apesar do nome, a gripe suína não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.
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