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Silent Tapes chega ao Ceará para retratar crianças pobres

14 jul 2014 - 15h58
(atualizado em 15/7/2014 às 08h00)
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Em março de 2013, o casal de fotógrafos Stephanie e Francis Lane lançou o Silent Tapes (Fitas Silenciosas), uma série de projetos sem fins lucrativos que documenta a vida de pessoas de diferentes culturas vivendo em situação de vulnerabilidade no mundo e arrecada fundos que são revertidos para famílias e ONG’s.

Atualmente, os dois estão no Brasil realizando um workshop de fotografia em comunidades pobres de Fortaleza, no Ceará, a fim de descobrir como as crianças veem o mundo através de uma máquina fotográfica descartável. A escolha do lugar não foi aleatória, já que com a Copa do Mundo acontecendo no País, Fortaleza esteve sob os holofotes por causa de sua reputação de “capital do turismo sexual”. Na cidade, 16 milhões de pessoas vivem com menos de R$ 3 por dia.

“Nós acreditamos que cada pessoa tem o direito às necessidades básicas adequadas, educação e um ambiente seguro onde possam ter uma qualidade de vida digna”, escrevem os fotógrafos Stephanie e Francis, no site da organização.

O projeto deu certo graças a uma campanha de crowdfunding, que permitiu que o Silent Tapes chegasse à América do Sul. A ideia é criar um livro com uma compilação de fotografias e escritos das crianças a serem distribuídos em escolas, bibliotecas e centros comunitários na região e promover ainda uma exposição em Nova York com imagens selecionadas.

A organização trabalha em colaboração com comunidades e ONG’s locais ao redor do mundo para promover e desenvolver programas que beneficiem as crianças carentes. A comunidade Klong Toei, em Bangkok, na Tailândia, foi a protagonista no projeto de lançamento do Silent Tapes, que ajudou cerca de 200 crianças e chamou a atenção para o perfil da organização no Instagram, que hoje tem mais de 35 mil seguidores.

Histórias que precisam ser contadas

Tudo começou quando Stephanie procurava um trabalho voluntário na Índia, há dois anos. Ela percebeu que, através da fotografia, era possível exercer um real impacto na vida das pessoas. Junto com Lane, ela passou a buscar histórias que pudessem ser contadas e pessoas que pudessem ser beneficiadas com esse trabalho. Encontrou o cenário ideal na comunidade de Dharavi, na Índia, onde fizeram o primeiro ensaio fotográfico. A Silent Tapes foi lançada um ano depois com o projeto realizado na Tailândia.

Stephanie conta que o interesse por comunidades mais vulneráveis está em querer conhecer a verdade em tudo o que uma determinada cidade tem para oferecer, e isso inclui áreas ricas e pobres. “Há um vasto espectro de vida e histórias não contadas nessas comunidades. Existem pessoas que estão desesperadas para serem ouvidas e cuidadas, e qualquer um capaz de se oferecer para escutar ou capaz de estender a mão deveria fazê-lo. Vivenciando, aprendendo e crescendo em cada esquina do mundo, estando aberto e compassivo para com todos os moradores dessas comunidades. É isso que nós estamos procurando.”

Fonte: Dialoog Comunicação
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