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Seis pessoas morrem e 54 mil são deslocadas por tufão "Bopha" nas Filipinas

4 dez 2012 - 10h14
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Pelo menos seis pessoas morreram nesta terça-feira e outras 54 mil estão em centros de apoio à causa do tufão "Bopha" em Mindanao, no sul das Filipinas, onde ouve ventanias e fortes e longas chuvas.

A televisão local "ABS-CBN" atribui a informação das seis vítimas mortas a fontes oficiais das equipes de resgate.

No entanto, o presidente do Conselho Nacional de Prevenção e Resposta aos Desastres, Benito Ramos, confirmou a morte de uma mulher de 60 anos em Davao Oriental (Mindanao) atingida por uma palmeira derrubada pelas rajadas de vento que passam de 200 km/h.

Outra vítima morta relatada pela polícia é um jovem de 22 anos que morreu em casa, também em Davao Oriental.

A maior parte dos retirados, cerca de 50 mil pessoas, vivem nas províncias mais ao leste de Mindanao, como Surigao do Norte e do Sul, Agusan do Norte, Lanao do Norte e Misamis Oriental, por onde entrou esta manhã "Pablo", o nome que os filipinos deram ao tufão.

As autoridades haviam preparado para sua chegada com a realocação das pessoas em zonas de risco e a suspensão das aulas nas províncias afetadas.

Cerca de 150 voos foram suspensos e milhares de pessoas ficaram presas nos portos após a ordem da guarda litorânea que o serviço de naves permaneça parado até novo aviso.

Segundo a Defesa Civil, há cortes do serviço elétrico em zonas de Surigao do Norte e do Sul e Agusan do Norte, e as fortes chuvas afetam o trânsito na rede de estradas de Mindanao.

As Forças Armadas têm preparado vários destacamentos para participar de trabalhos de resgate e assistência humanitária em caso de necessidade.

O serviço meteorológico (Pagasa) havia previsto que "Bopha" atravessaria o arquipélago de leste a oeste e saísse pela ilha de Palawan rumo ao Mar da China Meridional na próxima quinta-feira, mas o tufão alterou seu trajeto para noroeste e passará esta noite pelas ilhas de Bohol, Negros e Cebu, nas Visayas (região central), de acordo com Ramos.

O próprio presidente filipino, Benigno Aquino, havia advertido o país pela televisão estatal que seu "potencial destrutivo não é pouca coisa. Espera-se que seja o mais forte ao atingir nosso país este ano".

"Bopha" ou "Pablo" encerra a temporada de tufões nas Filipinas, estação que todos os anos atrai entre 15 e 20 tufões e que começa pelo geral em junho e conclui em novembro.

Cerca de 180 pessoas morreram no arquipélago filipino durante o mês de agosto após a passagem de vários furacões e depressões tropicais que inundaram durante dois dias 60% de Manila.

Além disso, as inundações deixaram mais de 3 milhões de pessoas desabrigadas e tiveram alto custo econômico pelos danos à infraestrutura e prejuízos à agricultura. EFE

jc/tr

(foto)

EFE   
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