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Segundo terremoto atinge o Japão na semana; país corre em busca de sobreviventes

16 abr 2016 - 13h29
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Equipes de resgate japonesas estão neste sábado removendo escombros e lama em busca de dezenas de pessoas depois que um terremoto de magnitude 7,3 sacudiu uma ilha do sul do país, matando pelo menos 32 pessoas e ferindo cerca de mil.

    O raso terremoto ocorrido nas primeiras horas do dia fez com que pessoas deixassem suas camas e corressem para o meio da rua, e aconteceu após um abalo de magnitude 6,4 ter matado nove pessoas na quinta-feira. Com a chuva e frio esperados para esta noite, a urgência no resgate é ainda maior.

    Imagens de televisão mostraram incêndios, cortes de energia, pontes desmoronadas, uma rua praticamente pendurada em um barranco e vários buracos na terra. Moradores próximos a uma represa receberam ordem para se retirarem do local, devido a temores de que ela possa se romper, informou a emissora NHK.

    “Eu senti primeiro um forte tremor, aí fui jogado como se estivesse em uma máquina de lavar roupa”, afirmou um estudante da Universidade Tokei, que permanece isolada na vila de Minamiaso, na província de Kumamoto, ilha de Kyushu.

    “Todas as luzes sumiram e ouvi um forte barulho. Muito gás está vazando e, embora não haja incêndio, isso ainda é uma preocupação”, disse o estudante, que está abrigado em um ginásio de universidade com outros mil alunos e moradores, informou a imprensa local.

    Muitas pessoas com medo se enrolaram em cobertores e deixaram suas casas, enquanto outros acamparam em campos de arroz em áreas rurais ao redor das grandes cidades. Cerca de 422 mil casas estão sem água, e 100 mil sem eletricidade, disse o governo. Militares estão armando tendas para os que fugiram de suas casas, e caminhões-pipa estão sendo enviados para a região.

    A Agência Policial Nacional afirmou que 32 pessoas morreram. O governo disse que 190 dos feridos estão em estado grave.

    “O vento deve aumentar e é provável que a chuva fique mais intensa”, disse o primeiro-ministro, Shinzo Abe, em reunião do governo. “As operações de resgate serão extremamente difíceis. É uma corrida contra o tempo.”

    Forças de autodefesa na cidade de Mashiki, próxima ao epicentro do tremor, estão providenciando água e comida aos necessitados.

    “Não me importo de ficar na fila. Apenas estou grato por receber um pouco de comida”, afirmou um homem que aparentava ter 60 anos, à espera de uma refeição.

    O Japão está no Círculo de Fogo do Pacífico e montou códigos com o objetivo de fazer com que os terremotos não derrubem suas edificações.

    Em março de 2011, um terremoto de magnitude 9 ao norte de Tóquio causou um grande tsunami e colapsos de usinas nucleares de Fukushima. O incidente nuclear contaminou água, comida e o ar em um raio de quilômetros. Enquanto isso, quase 20 mil pessoas morreram em decorrência do tsunami.

    O epicentro do tremor deste sábado foi na cidade de Kumamoto, a uma profundidade de 10 quilômetros, de acordo com o Serviço Geológico dos EUA. Quanto mais raso o sismo, maior seu potencial destrutivo.

    O tremor causou alerta de tsunami, que depois foi retirado. Não há problemas reportados nas usinas nucleares do país.

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