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Secretaria investiga ligação entre chacina e morte de policiais em SP

14 ago 2015 - 17h26
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Homens encapuzados executam 19 pessoas e ferem outras sete na Grande São Paulo. Secretário de Segurança Pública e prefeito de Osasco apontam possibilidade de retaliação por recentes mortes de um PM e de um guarda civil.

Após a maior chacina ocorrida neste ano em São Paulo, na noite desta quinta-feira (13/08), o secretário de Segurança Pública do estado, Alexandre de Moraes, disse não descartar a hipótese de retaliação pelas mortes de um policial militar e de um guarda civil metropolitano.

As execuções desta quinta-feira ocorreram em três municípios da Grande São Paulo –Osasco, Barueri e Itapevi – e resultaram em 19 mortos e sete feridos, segundo o secretário. Os crimes ocorreram entre as 21h e 23h, num raio de 7 quilômetros.

Na última sexta-feira, um policial militar havia sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), num posto de gasolina em Osasco. Nesta quarta-feira, um guarda civil foi assassinado na cidade. O prefeito de Osasco, Jorge Lapas, também apontou a possibilidade de as 19 execuções estarem relacionadas às mortes dos dois policiais.

Das seis primeiras vítimas da chacina identificadas, cinco tinham antecedentes criminais, uma delas por tráfico de drogas. Foram recolhidas cápsulas de projéteis de pistolas calibres 38 e 380, usadas por guardas civis metropolitanos, e 9 milímetros, de uso exclusivo das Forças Armadas. Os projéteis serão enviados ao Instituto de Criminalística.

Ao menos dez das vítimas foram mortas a tiros num bar, após homens encapuzados descerem de um carro e abrirem fogo. Perto dali, um jovem teria sido morto diante de uma sorveteria, e outro homem foi morto na área por dois homens numa moto. As demais execuções ocorreram em cinco outros locais. Testemunhas disseram que os assassinos perguntaram por antecedentes criminais, e os que disseram tê-los foram mortos.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo formou uma força-tarefa para investigar os crimes, com 50 policiais civis, 12 peritos e oito médicos-legistas. A Procuradoria-Geral de Justiça designou três promotores para acompanhar a investigação policial sobre a chacina.

A investigação contará também com a colaboração do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial.

Em entrevista, Moraes afirmou que o policiamento na região de Osasco, onde ocorreram 15 das 19 execuções, é suficiente e que a cidade registra taxas criminais baixas.

Neste ano, houve seis chacinas na capital paulista, das quais três foram esclarecidas, disse o secretário.

LPF/abr/ap/ots

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