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Santander vê queda na inadimplência a partir do 4o tri; lucro cai

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Por Alberto Alerigi Jr. e Guillermo Parra-Bernal

SÃO PAULO, 25 Out (Reuters) - O Santander Brasil estima que os calotes de empréstimos atingiram pico no terceiro trimestre e trabalha com um cenário de recuo da inadimplência nos últimos três meses do ano, depois que viu seu lucro cair afetado por aumento de provisões.

O banco vê uma normalização da inadimplência nos próximos trimestres e estima crescimento de 12 ou 13 por cento na carteira de crédito neste ano, afirmou o presidente-executivo da instituição, Marcial Portela Alvarez, nesta quinta-feira, a jornalistas.

Mais cedo, o Santander Brasil divulgou lucro líquido de 1,5 bilhão de reais para o terceiro trimestre, queda de 8,5 por cento sobre o mesmo período de 2011, mas alta de 2,5 por cento em relação ao segundo trimestre de 2012.

O índice de inadimplência em empréstimos vencidos há mais de 90 dias subiu 0,8 ponto percentual na comparação anual, para 5,1 por cento de julho a setembro. Também aumentou sobre o segundo trimestre, quando estava em 4,9 por cento.

O Santander Brasil foi o único dos três maiores bancos privados do país a ter aumento da inadimplência em base sequencial. Bradesco e Itaú Unibanco reportaram no começo desta semana que a inadimplência cedeu, nos dois bancos, em 0,1 ponto percentual do segundo para o terceiro trimestre.

Apesar da inadimplência maior, o Santander Brasil reduziu o volume de provisões para perdas com crédito para 3,23 bilhões de reais, ante 3,81 bilhões de reais no segundo trimestre, em meio a uma renegociação de empréstimos no trimestre passado que atingiu 10,82 bilhões de reais, contra 6,6 bilhões de reais no mesmo período de 2011.

Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, porém, houve alta de 29,7 por cento no volume provisionado.

"Vimos um nível de endividamento muito alto entre as famílias, mas essa situação já está começando a se reverter. Sentimos que a inadimplência vai cair", afirmou o presidente do Santander Brasil.

Às 13h32, as units do Santander Brasil exibiam alta de 1,63 por cento, a 14,35 reais, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 1,12 por cento. A ações dos rivais Itaú e Bradesco avançavam em ritmo um pouco inferior.

CRÉDITO

A carteira de crédito do Santander Brasil fechou setembro em 207,3 bilhões de reais, crescendo 10,1 por cento em 12 meses. Os empréstimos a pequenas e médias empresas tiveram a maior evolução no período, de 19,5 por cento.

Empréstimos à pessoa física subiram 9,5 por cento e a grandes empresas tiveram alta de 5,7 por cento no período.

A receita com prestação de serviços e tarifas no terceiro trimestre avançou 12,7 por cento, a 2,54 bilhões de reais, enquanto as despesas gerais subiram 12 por cento, a 4 bilhões de reais.

O presidente do banco afirmou que o setor bancário está muito focado em empréstimos e defendeu que o foco em serviços é que vai sustentar o lucro das instituições financeiras.

O Santander Brasil encerrou o trimestre passado com índice de eficiência de 45 por cento, ante 45,9 por cento no mesmo período de 2011 e 41,9 por cento no segundo trimestre. Quanto menor o indicador, mais eficientes são os controles de custos de um banco.

O banco tinha em setembro ativos totais de 442,788 bilhões de reais, alta de 1,7 por cento sobre o total apurado um ano antes.

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