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África

Rede ligada à Al-Qaeda pede ajuda para vítimas da seca na Somália

6 jul 2011 - 12h35
(atualizado às 14h37)
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O grupo islâmico somali Al Shabab, ligado à rede terrorista Al Qaeda, pediu às organizações humanitárias "muçulmanas e não muçulmanas" que ajudem as pessoas afetadas pela seca que castiga o Chifre da África e que, segundo a ONU, é a pior nos últimos 60 anos.

Somalis chegam à capital do país em busca de água e alimentos
Somalis chegam à capital do país em busca de água e alimentos
Foto: Reuters

Em declarações publicadas nesta quarta-feira pelo site da emissora somali Shabelle, o porta-voz do Al Shabab, Ali Mohammed Rage, pediu às pessoas que desejam ajudar as vítimas que entrassem em contato com os líderes do grupo, que se comprometeu a dar assistência aos afetados nos territórios sob seu controle.

Esse apelo, divulgado nesta terça-feira em Mogadíscio, aconteceu um ano depois que o Al Shabab proibiu as organizações e agências humanitárias de atuarem em seus domínios na Somália.

Segundo o Somalia Report, um site especializado neste país do Chifre da África, o gesto do grupo radical é "uma tentativa de ganhar popularidade entre os somalis" que sofrem os efeitos da seca.

Em abril, vários clérigos somalis do centro do país solicitaram aos líderes do Al Shabab que permitissem a chegada de ajuda humanitária à região, devastada pela seca e a consequente crise de fome.

Só em junho, 54 mil somalis abandonaram seu país por conta da seca e da violência, segundo números da ONU, que advertiu que a ausência de chuvas no Chifre da África colocou quase 9 milhões de pessoas em uma situação de "emergência humanitária".

O Al Shabab, com o apoio de centenas de combatentes estrangeiros relacionados à Al-Qaeda, pretende derrubar o governo de transição do país, que tem apoio da comunidade internacional, e instaurar um Estado radical muçulmano de corte wahhabista.

EFE   
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