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Protestos deixam 15 civis e um soldado mortos em cidade síria

23 mar 2011 - 15h55
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Pelo menos 16 pessoas, entre elas um soldado, morreram nesta quarta-feira durante os protestos ocorridos na cidade de Deraa, no sul da Síria, segundo fontes de uma ONG e de um site de oposição ao governo.

A página, "Akhbar al Sharq", que cita testemunhas, informou que entre 15 e 18 pessoas perderam a vida durante a tentativa, por parte das forças de segurança sírias, de dispersar as pessoas presentes ao funeral de outros mortos durante as manifestações ocorridas na cidade.

Em relação ao militar morto, um membro do Observatório Sírio de Direitos Humanos disse à Agência Efe que foi agredido por seus companheiros ao se negar a atacar a mesquita de Al Umari em Deraa, na qual supostamente estavam refugiados cerca de 300 manifestantes.

Segundo o site "Akhbar al Sharq", a polícia fez disparos e lançou gás lacrimogêneo contra os presentes ao funeral, causando pelo menos três mortes, entre eles uma menina de 11 anos.

Além disso, a página assegura que as forças de segurança usaram projéteis que causaram um grande orifício na mesquita de Al Umari para poder entrar no edifício.

Próximo desta mesquita houve ontem à noite um ataque contra uma ambulância no qual morreram pelo menos quatro pessoas, segundo a agência de notícias "Sana", que atribuiu a agressão a um grupo armado.

No entanto, o "Akhbar el Sharq" ofereceu uma versão totalmente diferente dos fatos, e informou que "as forças de segurança atacaram cerca de mil manifestantes que estavam em frente à mesquita, matando seis pessoas.

Nos últimos dias houve protestos em várias regiões da Síria, mas sobretudo em Deraa, em favor de reformas políticas neste país, que até agora não havia sido contagiado pelas rebeliões populares de Tunísia, Egito, Líbia, Bahrein e Iêmen.

A Síria vive desde 1963 sob lei de emergência, que impede a convocação de manifestações públicas.

EFE   
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