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Ásia

Presidente sul-coreano pede que Coreia do Norte se abra ao mundo

16 abr 2012 - 01h16
(atualizado às 02h11)
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O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, pediu nesta segunda-feira que a Coreia do Norte esqueça seus objetivos nucleares e se abra ao mundo, um dia após Pyongyang realizar um desfile militar em homenagem ao fundador do país, informou a agência Yonhap. "A Coreia do Norte não tem necessidade de provocar medo. Ninguém pretende mudar a Coreia do Norte por meio da força e da coerção", afirmou Lee em seu discurso radiofônico quinzenal.

O presidente disse ainda que se o país decidir mudar, não apenas Seul, mas também a comunidade internacional irá cooperar com Pyongyang. As declarações de Lee foram feitas após o regime de Kim Jong-un festejar com um desfile militar, acompanhado por centenas de pessoas, o centenário do fundador do país, Kim Il-sung.

Nesta sexta-feira, a Coreia do Norte lançou um suposto satélite de observação terrestre com o uso de um foguete. O lançamento fracassou e o aparato explodiu no ar. "A Coreia do Norte deve pensar que pode ameaçar o mundo e promover sua unidade interna com armas nucleares e mísseis, mas isto os coloca em grande perigo", acrescentou.

Segundo países como Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão, o teste tinha objetivos nucleares. O Conselho de Segurança da ONU condenou o lançamento. Lee acrescentou que o único modo da Coreia do Norte sobreviver é abandonar seu programa nuclear e cooperar com a comunidade internacional por meio de reformas e de sua abertura, como fizeram outros países, como China e Vietnã.

Segundo estimativas sul-coreanas, o frustrado lançamento do foguete custou US$ 850 milhões para Pyongyang, valor que poderia ter sido usado na compra de 2,5 milhões de toneladas de milho para alimentar a empobrecida população do país.

Para Lee isto é incompreensível pois "o propósito da existência de um país é tornar a vida do povo feliz e cômoda". O lançamento do foguete fez com que os EUA cancelassem um pacto assinado em fevereiro pelo qual Washington forneceria 240 mil toneladas de alimentos para a Coreia do Norte, que se comprometeu a suspender seu programa nuclear.

EFE   
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