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Porto Alegre: após morte de traficante, ônibus é incendiado

Moradores da zona Sul da cidade estão sem transporte e atendimento médico por falta de segurança

26 set 2015 - 11h57
(atualizado às 12h02)
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Porto Alegre viveu mais uma noite de terror motivada pela insegurança no Estado. Após um tiroteio deixar um traficante morto e ferir pelo menos outras seis pessoas ainda na tarde da sexta-feira (25), os moradores do bairro Cruzeiro, em Porto Alegre, enfrentaram momentos de tensão quando um ônibus foi incendiado por volta das 20h30.

Pelo menos três passageiros precisaram ser encaminhados para atendimento médico com queimaduras e por inalação de fumaça tóxica.
Pelo menos três passageiros precisaram ser encaminhados para atendimento médico com queimaduras e por inalação de fumaça tóxica.
Foto: Reprodução

Conforme o relato de testemunhas, três homens encapuzados invadiram um coletivo da linha Santa Tereza e atearam fogo no veículo. Pelo menos três passageiros precisaram ser encaminhados para atendimento médico com queimaduras e por inalação de fumaça tóxica. A ação foi deflagrada em retaliação à morte de Ademir Rodrigues Carpes, 34 anos, o traficante Biquinho.

Segundo a polícia civil, cinco pessoas em um carro chegaram disparando contra o reduto do tráfico comandado pelo criminoso ainda no começo da tarde de sexta-feira. A investigação acredita que o tiroteio tenha sido decorrente de uma guerra interna entre facções rivais pelo controle da área de tráfico existente na região. Os feridos foram encaminhados ao Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, o Postão, e de lá foram levados ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS) devido à gravidade dos ferimentos, mas Ademir já chegou sem vida ao local.

A morte gerou revolta por parte de familiares da vítima, que agrediram funcionários do Postão. Os servidores, contudo, continuaram atendendo até o momento da queima do ônibus - mesmo sem reforço na segurança. Desde a noite, no entanto, o local está fechado e deverá permanecer sem atender até a segunda-feira (28). As cinco linhas de ônibus que atendem a região também estão fora de operação em virtude dos acontecimentos da última noite. Os moradores relatam que a situação é recorrente: "nós somos reféns do tráfico, não tem o que fazer", disse um empresário que preferiu não se identificar.

A morte gerou revolta por parte de familiares da vítima, que agrediram funcionários do Postão. Os servidores, contudo, continuaram atendendo até o momento da queima do ônibus - mesmo sem reforço na segurança. Desde a noite, no entanto, o local está fechado e deverá permanecer sem atender até a segunda-feira (28).
A morte gerou revolta por parte de familiares da vítima, que agrediram funcionários do Postão. Os servidores, contudo, continuaram atendendo até o momento da queima do ônibus - mesmo sem reforço na segurança. Desde a noite, no entanto, o local está fechado e deverá permanecer sem atender até a segunda-feira (28).
Foto: Ananda Muller - Especial para o Terra

A polícia militar garante que a madrugada foi tranquila no bairro, sem ocorrências registradas. Moradores, ao contrário, garantem que disparos foram ouvidos durante toda a noite. O prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti, afirmou mais uma vez que a presença da Guarda Nacional é necessária na cidade: "precisamos que o Estado acione (a Guarda). A situação está insustentável". Já a Secretaria Estadual de Segurança não comentou o caso. 

Fonte: Especial para Terra
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