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‘Pocket Parks’ prometem deixar metrópole mais acolhedora

Pracinha Oscar Freire faz parte do projeto que oferece diversas atividades e eventos culturais

24 jul 2014 - 08h00
(atualizado às 09h44)
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Convidar as pessoas a frequentar mais as ruas de São Paulo e despertar nelas o sentimento de pertencimento dos espaços livres da cidade. Esse é o objetivo dos Pockets Parks, ou “Parques de Bolso”, recém-instalados na capital paulista. Um deles está em funcionamento desde maio deste ano no movimentado e badalado bairro dos Jardins.

A Pracinha Oscar Freire, de 300 m² e situada entre as ruas Bela Cintra e Consolação, está aberta à visitação do público, de forma gratuita, todos os dias da semana, e oferece atividades recreativas, culturais, workshops, eventos e food trucks (caminhões que produzem e vendem comidas no local). Cinquenta voluntários trabalham na estrutura, que permite ao público descansar, estudar, ler e navegar na internet. As escadas funcionam como bancos e o local é acessível aos portadores de mobilidade reduzida.

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Antes de ser denominada Pracinha Oscar Freire, o local abrigava apenas um estacionamento, pertencente a uma imobiliária, responsável pela transformação do lugar. O projeto tem uma visitação diária de 250 pessoas, entre moradores e trabalhadores da região. Para o presidente do Instituto Mobilidade Verde, um dos órgãos responsáveis pela iniciativa, Lincoln Paiva, 45 anos, “a expectativa é chegar, em pouco tempo, a 400 cidadãos por dia no local”.

“A relação de carinho e afeto foi perdida ao longo do tempo com as vias públicas, pois nós tratamos mal a cidade, e esse tipo de atividade pode ser uma reconciliação entre as pessoas e com o próprio espaço. Queremos trazer de volta para as ruas as pessoas que frequentam, em excesso, os shoppings. Faremos isso oferecendo uma cultura de paz a todos.”

De onde vêm

Os Pocket Parks tiveram origem em 1967, em Nova York, nos Estados Unidos. De acordo com Paiva, “uma sociedade mais individualista, dentro de um sistema capitalista como o nosso, dificulta a criação de espaços públicos de convivência como esse, pois a população não está mais acostumada a ir às ruas”. “As vias só estarão mais seguras ao ficar mais ocupadas.”

O projeto é temporário. Outra iniciativa nos mesmos moldes (mas supervisionada por outro grupo) funciona na Rua Amauri, no Itaim. “A ideia é que a iniciativa se expanda para outros locais da cidade, e que se façam mais projetos bem feitos, incluindo narrativas locais. Espero que esses pequenos parques e praças possam contar a história dos lugares onde estão situados”, conclui Paiva.

Fonte: Dialoog Comunicação
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