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Paris confirma desaparecimento de 2 jornalistas franceses no Afeganistão

31 dez 2009 - 15h48
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O Ministério de Exteriores da França confirmou hoje que, desde quarta-feira, não se sabe o paradeiro de dois jornalistas franceses que trabalhavam no Afeganistão e disse que "nenhuma hipótese pode ser excluída".

A diplomacia francesa não confirmou se os dois repórteres foram sequestrados por homens armados pertencentes à insurgência afegã, como tinha informado a imprensa francesa, minutos antes.

A rede de televisão pública "France 3" confirmou que não tem contato desde ontem com dois de seus jornalistas que preparavam uma reportagem na região. A emissora não precisou a identidade dos jornalistas.

Segundo o ministério, também não há notícias das pessoas que acompanhavam os jornalistas.

"Tanto em Paris quanto em Cabul, todos os meios estão mobilizados para localizar nossos compatriotas nos prazos mais curtos", indicou o ministério, em comunicado.

O ministério lembrou que, neste tipo de caso, "a discrição é indispensável para a eficácia de todas as ações".

Segundo a emissora "France Info", os desaparecidos são um jornalista e um cinegrafista que circulavam em um veículo pelo noroeste do país, entre os vales de Surobi e Kapisa, onde fica a maior parte das tropas francesas no Afeganistão.

A rádio pública indicou que os jornalistas foram sequestrados por cinco homens armados que pertencem à insurgência afegã.

O desaparecimento dos jornalistas coincide com a viagem ao Afeganistão do ministro da Defesa francês, Hervé Morin, que passará a noite de Ano Novo junto com o contingente francês na base de Nijrab, no noroeste do país.

Em declarações à "France Info" do Afeganistão, Morin disse que não foi recebida nenhuma reivindicação por enquanto, por isso se recusou a falar de sequestro.

"Colocamos todos os meios a nosso alcance para entrar em contato com eles. Não se deve descartar, por enquanto, um sequestro.

Saberemos mais nas próximas horas", afirmou.

O ministro da Defesa disse que, por enquanto, só há testemunhos indiretos sobre os fatos, segundo os quais os dois jornalistas estavam acompanhados de seu intérprete.

Morin evitou esclarecer se o Exército francês mobilizado no Afeganistão trabalha na localização dos jornalistas.

"Quanto menos se disser, melhor, a discrição é importante nestes casos", afirmou.

EFE   
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