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Mundo

Organização para saúde animal rejeita sacrifício de porcos

30 abr 2009 - 08h50
(atualizado às 20h02)
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A Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE) disse nesta quinta que não se deve sacrificar porcos por causa da gripe suína e reiterou que esta deve ser denominada "gripe da América do Norte", porque, por enquanto, o vírus não foi isolado nos animais.

"A OIE adverte a seus membros que o sacrifício de porcos não ajudará a proteger o público ou os animais dos riscos deste novo vírus da gripe", e considera que essa ação é "inadequada", afirmou a OIE.

A informação científica disponível "até o momento pela OIE e suas organizações associadas indica que o vírus A/H1N1 é transmitido entre os humanos", e insiste em que "não há evidências de infecção em porcos, nem de humanos que se infectem diretamente" dos animais, afirma a OIE, em comunicado.

Na nota, a organização ressalta que "não é simplesmente um vírus da gripe suína", porque contém material genético de gripe de origem humana, aviária e suína.

O Governo egípcio decidiu ontem sacrificar toda a população de porcos do país, calculada em cerca de 300 mil animais.

A imprensa, que começou denominando a doença como gripe suína, já usa denominações como "gripe mexicana" ou "nova gripe".

Países como Rússia e China proibiram a importação de carne suína e derivados do México e de países como Estados Unidos, Cuba, República Dominicana e Colômbia.

Gripe Suína

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gripe suína é causada por uma variante do vírus influenza tipo A, que porta a designação H1N1. O órgão aumentou o nível de alerta para cinco (pandemia iminente) em uma escala que vai até seis. O temor é de que nova mutação torne os humanos incapazes de combater a doença, por falta de anticorpos.

A gripe suína teria matado mais de 150 pessoas no México, país mais afetado pelo surto, onde cerca de 2 mil pessoas estariam infectadas. No entanto, autoridades sanitárias do país confirmaram apenas 99 casos e 8 mortes relacionadas ao vírus AH1N1.

Nos EUA, até o momento foram confirmados 91 casos de pessoas com gripe suína; uma pessoa morreu. Com suspeita de contaminação, 36 pessoas no Brasil são monitoradas pelo Ministério da Saúde.

EFE   
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