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Mundo

OMS vê produção de até 4,9 bilhões de vacinas por ano

19 mai 2009 - 16h59
(atualizado às 17h33)
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Os laboratórios farmacêuticos poderiam produzir 4,9 bilhões de vacinas contra a gripe pandêmica por ano, na melhor das hipóteses, disse na terça-feira a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, enquanto os países ricos e pobres discutem por causa da limitação dos estoques.

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Chan disse a jornalistas após um encontro com 30 indústrias farmacêuticas que "há muitas perguntas não respondidas", sobre a quantidade de vacinas que podem ser feitas para proteger a população do vírus H1N1.

De acordo com ela, a estimativa de 4,9 bilhões de tratamentos "é muito otimista", e será muito reduzida se for preciso imunizar cada pessoa com duas doses ou se a produção de vacinas contra a gripe sazonal comum continuar.

A chegada ao mercado da vacina contra a eventual gripe pandêmica levaria 4 a 6 meses, segundo a OMS. Ela precisa passar por testes em cobaias e em humanos antes de ser aprovada.

Na mesma entrevista coletiva, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que, embora a doença pareça branda, sua difusão global precisa ser monitorada, especialmente nos países pobres. "Podemos estar num período de graça com o H1N1, mas ainda estamos na zona de perigo", disse Ban.

Antes, em discurso à assembleia anual da OMS, ele havia defendido a colaboração entre governos e laboratórios para conter o impacto da doença, que já contaminou quase 10 mil pessoas e matou 79, principalmente no México.

Grávidas e pessoas com problemas prévios de saúde, como Aids, diabete e asma, são mais suscetíveis aos sintomas mais graves da nova gripe, que mistura elementos de vírus suínos, humanos e aviários.

Especialistas dizem que a chegada do inverno no Hemisfério Sul pode contribuir com a difusão da doença nessa região.

Executivos do setor farmacêutico que participam do encontro da OMS em Genebra disseram estar preparados para a produção da vacina contra o H1N1 se for necessário, e aguardando instruções sobre como equilibrar sua produção entre a vacina para a pandemia e a imunização contra a gripe sazonal.

Seis empresas prometeram disponibilizar 10 por cento da sua produção de vacinas para países pobres, e oito estão negociando doações, disse Gelmer Leibbrandt, gerente-geral da Nobilon, subsidiária da Schering-Plough.

Chan disse que os fabricantes de vacinas têm demonstrado um "seríssimo compromisso" em ajudar a comunidade internacional nos preparativos contra a eventual pandemia.

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