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Número de mortos por tumulto no Camboja chega a 347

23 nov 2010 - 00h42
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As autoridades informaram nesta terça-feira que aumentou para 347 o número de mortos após um tumulto em Phnom Penh, capital do Camboja, durante a celebração do Festival da Água, que também deixou cerca de 300 pessoas feridas.

As pessoas estavam em uma ponte que liga a pequena ilha Diamante (Koh Pitch) com a capital e caíram em um rio.

Segundo diferentes versões de testemunhas, a tragédia aconteceu quando, pela aglomeração, intenso calor e umidade, centenas de pessoas, a maioria jovens, começaram a se empurrar e atropelar, enquanto outros indicam que correu o rumor de que a ponte iria desabar.

No entanto, o primeiro-ministro do país, Hun Sen, afirmou que as causas da tragédia ainda não estão claras, e que a Polícia iniciou uma investigação que será dirigida por uma comissão especial.

Os hospitais da cidade, sob luto oficial, amanheceram sobrecarregados pela grande quantidade de feridos recebidos, sobretudo o centro médico Calmete, um dos maiores do país.

Fontes dos serviços de emergência indicaram que dezenas de pessoas se jogaram nas águas do rio Tonle Sap para evitar serem esmagadas pela multidão.

O primeiro-ministro cambojano declarou luto oficial na próxima quinta-feira e ordenou que as instituições do Estado icem a bandeira a meio mastro em sinal de luto, indicando que se trata da pior tragédia desde o genocídio do Khmer Vermelho durante a década de 70.

"Quero expressar minhas condolências às famílias das vítimas", disse Hun Sen em mensagem veiculada na televisão.

O Governo se comprometeu a indenizar as famílias dos mortos em cerca de US$ 1.250 e em US$ 250 as dos feridos.

Após o incidente, os membros dos serviços de emergência examinaram as margens do rio à noite, com a ajuda de lanternas, na busca por pessoas que foram dadas por desaparecidas.

As autoridades estimaram que cerca de dois milhões de pessoas estiveram no local para celebrar a última jornada do festival, que dura três dias e reúne, nas margens do rio Tonle Sap, uma multidão para homenagear a água e se despedir das monções.

EFE   
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