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Número de mortos por deslizamentos em Angra passa de 40

Segundo Defesa Civil, várias pessoas seguem desaparecidas; prefeitura pediu desligamento de usinas nucleares.

3 jan 2010 - 16h09
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O número de mortos por causa de deslizamentos de terra no município de Angra dos Reis (RJ) na madrugada da sexta-feira chegou a 43, mas ainda poderá aumentar devido aos vários desaparecidos na região.

Os desabamentos atingiram uma favela no centro de Angra, que agora já registra 14 mortes, e também uma praia da Ilha Grande (parte do município de Angra), com 29 mortes, onde ficam uma pousada e várias casas.

Neste domingo, em entrevista coletiva, o prefeito de Angra dos Reis, Tuca Jordão, informou que pediu o desligamento das usinas de energia nuclear Angra 1 e 2 ao diretor de operações Pedro Figueiredo.

De acordo com o prefeito não há nenhum problema operacional ou de vazamento na usina, ele pediu o desligamento apenas "por precaução". "Chega de correr riscos. Temos que evitar problemas futuros", disse.

A Prefeitura de Angra dos Reis também decretou estado de calamidade pública e luto oficial por três dias.

Em todo o Estado do Rio de Janeiro, o número de mortos pelos desabamentos provocados pelas chuvas dos últimos dias já chega a 65.

Tempo indeterminado

A Defesa Civil, Marinha, Polícia Militar e Instituto Estadual do Ambiente estão envolvidos na buscas, que devem continuar por tempo indeterminado. Além disso, oito cães farejadores e quatro retroescavadeiras também participam das operações.

O número de mortos nos deslizamentos ocorridos na madrugada de sexta-feira ultrapassou o número registrado em 2002, quando pelo menos 35 pessoas morreram depois de um temporal de mais de dez horas atingir Angra dos Reis.

O prefeito Tuca Jordão ainda afirmou que entre 15 e 20 pontos do município ainda são considerados áreas de risco, que ainda podem sofrer mais deslizamentos, e pediu que os moradores destas áreas abandonem o local.

O prefeito de Angra dos Reis também afirmou que pediu auxílio do programa habitacional do governo federal Minha Casa, Minha Vida, para os desabrigados e outros moradores de áreas de risco da cidade.

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