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Cachorros são capazes de detectar câncer de pulmão, segundo estudo médico

5 dez 2012 - 15h39
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Os cachorros são capazes de detectar uma pessoa com câncer de pulmão graças ao olfato apurado, segundo os resultados de um estudo divulgado nesta quarta-feira na Áustria, que abre a possibilidade de salvar vidas com o descobrimento precoce da doença.

"Os cachorros não têm nenhum problema para identificar os pacientes com tumor", assegurou durante entrevista coletiva em Krems, Peter Errhalt, responsável de pneumologia do hospital dessa cidade situada a cerca de 100km de Viena.

O projeto piloto codirigido por Errhalt analisou 120 provas de testes respiratórios e os caninos acertaram 70% das provas que foram feitas com pacientes com tumores.

Os resultados foram tão encorajadores que o experimento será ampliado e terá mais de 1.200 novas provas.

Em dois anos, os cientistas pretendem saber como os cães são capazes de distinguir o câncer somente com o olfato e se é possível aplicar esse método de detecção a outras doenças.

A longo prazo e se os resultados forem bons, os pesquisadores pretendem estudar as células olfativas caninas para desenvolver um modelo de "nariz eletrônico", explicou Michael Müller, do Hospital Otto Wagner, de Viena.

Os médicos indicaram que a taxa de sobrevivência do câncer de pulmão, se descoberto no começo, é de 90%, por isso que, se esse método de detecção for desenvolvido, será possível salvar muitas vidas.

A mortalidade aumenta de forma notável à medida que a detecção é mais tardia e, em conjunto, só 15% das pessoas com câncer de pulmão sobrevivem em situações semelhantes.

"O câncer de pulmão costuma passar despercebido porque não causa dor e, quando é descoberto, às vezes já é muito tarde", resumiu Müller.

Os especialistas decidiram desenvolver este experimento depois que vários estudos comprovaram o comportamento "anômalo" nos cachorros cujos donos padeciam de câncer. EFE

ll/ff

EFE   
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